Como não gosto de me levar nas correntes mainstream e faço um sério esforço de evitar ser considerado cool decido comentar o pós-autárquicas apenas em Dezembro. Porquê? É rejubilante assistir ao início de um mandato, conjutamente com os ataques ferozes dos derrotados.
Almeida Henriques ganhou. Sem surpresas até aqui, não se esperava outro desfecho, até porque provavelmente 60% dos votos foram ao Dr. Ruas (diria mesmo que as pessoas procuravam a setinha alada ao invés do nome), e assim Henriques continua nos caminhos laranjas do Cavaquistão. Não tem de ser necessariamente mau, e até agora tem sido agradável acompanhar o início de mandato.
No início de mandato é quando as promessas estão mais frescas, logo é preciso dar-lhes uma visibilidade maior. Henriques tem sido inteligente em aproximar a população à CMV, muito devido ao uso do facebook (e atenção, acho mesmo uma boa iniciativa). Mas espero que as pessoas não esqueçam que no facebook escreve-se o que se quer mostrar, e desejo muito que não esqueçam também de tentar compreender aquilo que não é mostrado... no fundo o facebook tanto pode manter as pessoas mais informadas, como mais desinformadas.
O Site da CMV também mudou. Para melhor confesso, mas ainda assim um pouco confuso. Nele pode ser consultado o Estratégia Viseu Primeiro 2013/2017. Não deixa de ser curiosa a similaridade com o guião da reforma do Estado Português, mas isso são outras contas. Li o plano de estratégia, muito na diagonal admito, porque como um tipo das ciências gosto de ler assuntos concretos e concisos, e não lagos de palavras, totalmente enraizadas em valores que são adquiridos por base do senso comum em sociedade. No fundo realça a necessidade de atrair investimento e de desenvolver a economia local (clap clap, finalmente alguém percebeu que é preciso indústria e tecido empresarial), uma CMV mais próxima da população (vamos ver se não sob guidelines estreitas), a necessidade de maior contacto nacional e internacional, entre outros. Curioso é também a criação de uns quantos Concelhos, Gabinetes e estaminés: muito bem, organizações em que as pessoas podem dar o seu contributo activo. Espero as guidelines.
Dr. Henriques: Não me posso queixar até agora (talvez os vereadores da oposição com presença no governo possam, mas acredito que o calendário municipal seja bem mais atarefado que o do governo) mas a festa está mesmo no início, pelo que estaremos atentos.
O momento de publicidade vai para a Rua Direita. Não caro leitor, não é o pedaço de Saara Viseense, mas sim o novo portal de informação da cidade. Cabe o editorial a Paulo Neto, e prima pela independência e pertinência de conteúdos. O Jornal do Centro poderá deixar saudades, mas o design atractivo e moderno da Rua Direita certamente colmatará essa falha, bem como os nomes dos colaboradores intervenientes.
Recomenda-se a adição aos Favoritos.
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
O novo Paulo Ribeiro, homem que dança para os outros
Copiado integralmente de Publico.pt, por Tiago Bartolomeu Costa
É o regresso aos solos de um coreógrafo que nunca pensou no colectivo senão como um encontro de indivíduos. Sem um tu não pode haver um eu estreia-se hoje, em Viseu.
Enquanto se observa no vídeo que passa na parede em frente, os ombros do coreógrafo e bailarino Paulo Ribeiro avançam sobre o linóleo do estúdio no último andar do Teatro Viriato, em Viseu. Depois a cabeça reage, a seguir as pernas rompem o imobilismo e, por fim, é a sua voz, grave, que quer participar num movimento que ainda só se anuncia.
Sem um tu não pode haver um eu é um regresso aos solos de um homem que procurou sempre, no interior das suas coreografias, perceber como podiam os indivíduos construir uma relação de intensa proximidade com o outro. O outro aqui era, pela lógica, o bailarino ao seu lado.
Mas, ao olharmos para os seus trabalhos, percebemos que os corpos que Paulo Ribeiro convocou sempre para palco eram corpos desejantes. Como acontece, por exemplo, praticamente nos extremos da sua criação: Jim (2012), a obra mais recente, abria com um solo do próprio coreógrafo, propondo uma revolução dançada ao jeito de cada um que, ao ser interpretada por vários bailarinos ao mesmo tempo, dava a sensação de ser a mesma a revolução que todos partilhavam; Sábado 2 (1995) propunha uma fusão dos corpos que parecia acreditar na possibilidade utópica da comunhão.
Corpos que viviam e admitiam morrer (assim era, por exemplo, em Tristes Europeus – Jouissez sans Entraves, 2001, momento elegíaco de um colectivo social por vir) porque, tal como reafirma o título desta nova peça, roubando uma frase ao realizador e encenador sueco Ingmar Bergman sobre a relação entre o artista e o público, "sem um tu não pode haver um eu".
É preciso recuar até 1991, ano de todos os começos, para encontrar o que ficou do outro lado espelho. Modo de Utilização, primeiro solo de Paulo Ribeiro, experimentava já a evocação de uma presença que queria sair do palco, que queria estender esse palco até à expectativa criada por quem o via. Um solo era, afinal, uma dança a dois – tal como uma dança a dois pode ser a mais solitária das danças (Malgré Nous, Nous Étions Là, com Leonor Keil, 2007).
Mas esse Modo de Utilização, uma espécie de ars poetica dançada, era peça de juventude, iniciática e, por isso mesmo, como escrevia André Lepecki na altura, no jornal Blitz, “às vezes tudo faz sentido, outras vezes há uma indefinição na personagem que nos é apresentada”. Passados 22 anos a indefinição é de outra ordem. Da ordem do sensível, do poético, já não tão especulativa, mas, ainda assim, livre, muito livre. Tão livre que podemos encontrar a mesma frase coreográfica interpretada, ao mesmo tempo, de modos diferentes, por um gesto nascido no pé e terminado na mão. É desta amplitude, desta espécie de tudo querer abraçar, que parte um solo que nos devolve um Paulo Ribeiro em forma, capaz de ocupar um espaço sem pedir meças a elementos acessórios.
E, por isso mesmo, o ponto de partida que foi a biografia de Bergman, Lanterna Mágica, é aqui mitigado, transformando-se numa sombra difusa, na memória auxilar de um movimento que se reinventa a cada suspensão e que insiste numa composição resiliente, crente na superação do gesto através do desejo pelo outro. “Ou morro, ou ela vai ser um estímulo dos diabos”, disse Bergman a uma das suas mulheres, no início de mais um casamento.
“Um estímulo dos diabos” também esta coreografia, “criação em tempos difíceis”, para recuperar o título original, que hoje se estreia em Viseu e em 2014 será apresentada nos teatros co-produtores: Centro Cultural de Belém (Lisboa), Teatro Nacional S. João (Porto) e Centro Cultural Vila Flor (Guimarães). Tempos difíceis porque colocam a pergunta: "Como se pode regressar ao solo quando se construiu, em colectivo, um discurso sobre a relação de dependência que sustenta a vida em comum?".
Para o coreógrafo trata-se não exactamente de um regresso às origens, mas de um recomeço, apenas possível porque se imagina como derradeiro. “É com estas palavras e as suas músicas que eu gostaria de voltar a dançar e talvez, desta vez sim, dançar pela última vez”, diz. Não se acredita que assim seja. Não é possível admitir que reclame para si esta presença e não deseje depois prolongá-la.
A chave está nas passagens da biografia de Bergman que Paulo Ribeiro sublinhou, pequenas marcas, pistas para uma coreografia em que, ao contrário do que acontecia nos solos das peças de grupo Masculine (2007) e Feminine (2008), que existiam na ambição de desaparecerem no interior de um gesto colectivo, o coreógrafo olha para si mesmo, para o que ainda é capaz de fazer e o surpreende, respondendo ao desafio do realizador sueco sem demoras: “Toma cuidado grandessíssimo malandro! Na minha próxima peça vou ajustar contas contigo."
O ajuste de contas é agora. E, assim, enquanto vai tirando o tapete a si mesmo, enquanto nos vai envolvendo com e num movimento que, mais do que se metamorfosear se alarga, conspira contra si mesmo e abandona todo o formalismo e toda a consciência da dor, é mais do outro que de si que fala. É mais o outro que dança.
“Dispus-me, portanto, a atacar os demónios que me torturavam”, diz Bergman. E então, percebemos: dança do exorcismo, coreografia da expiação, movimentos de abandono sim, mas não de retirada. Construção poética para um homem que nunca quis estar sozinho. Eis Paulo Ribeiro, com o mesmo movimento pequeno, nervoso, feito de choques e de confrontos, agora exposto em toda a sua vontade de deixar de olhar para os outros e começar a falar de si.
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Seus olhos
Seus olhos - que eu sei pintar
O que os meus olhos cegou -
Não tinham luz de brilhar,
Era chama de queimar;
E o fogo que a ateou
Vivaz, eterno, divino,
Como facho do Destino
Divino, eterno! - e suave
Ao mesmo tempo: mas grave
E de tão fatal poder,
Que, um só momento que a vi,
Queimar toda a alma senti...
Nem ficou mais de meu ser,
Senão a cinza em que ardi.
Almeida Garret
terça-feira, 29 de outubro de 2013
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Segundo AR
J: Também disse numa outra ocasião que lhe custava ver a «corajosa juventude portuguesa» com «medo de viver».
AR: A juventude portuguesa é como todas as demais europeias: generosa, cheia de seiva, inteligente, votada aos grandes destinos. Tenho porém muito medo dos mestres e dos mentores. A cada passo surge o diabo ao caminho. Um diabo de rabo pelado para que os jovens lhes hipotequem a alma. Quem os adverte do perigo? De modo geral este demónio vem embuçado, com todo o recato, em pés de lã, comedido e prudente, e fala como os antigos lentes de Coimbra: — Moço, teus pais eram assim, eram assado. Eram felizes. Fizeram esta nação grande. Amavam a Deus, etc., etc., etc. — Quais pais?, pergunto eu. Os nossos pais navegavam por debaixo das ondas? Atravessavam para o Rio, por exemplo, em nove horas? Viajavam na estratosfera? Ouviam Londres em Lisboa? Ressuscitavam duas e três vezes na mesa operatória? Para estes progressos da física e da fisiologia humana forçoso é que haja outra mentalidade. Ou que se invente. Nisto está a grande obra da pedagogia. É para essa inovação transcendental do psíquico que eu
dirijo o meu convite à juventude portuguesa.
J: De que forma, exatamente?
[Acordaram o escritor e o jornalista que a resposta a esta pergunta, sob a forma de mensagem, seria do próprio punho de AR. O texto, um dos últimos por si escritos, foi entregue dias depois. A extensão da mensagem era no mínimo o dobro da que se reproduz em consequência dos cortes feitos pela Censura. As
chamadas “provas de granel” devolvidas ao jornal pela Censura foram confiadas a Aquilino na antevéspera da publicação e poucas semanas antes da sua morte].
AR: De que forma? Não tendo medo de viver. Tapando os ouvidos às vozes dos velhos do Restelo, todavia sem que esse repúdio provoque o desequilíbrio da sua pessoa moral, que é um edifício mais bem interessante do que os construídos pelos arquitetos à beira das ruas.
Que os jovens, repito, não tenham medo de viver. Que não tenham relutância em estudar. É uma questão de persistência de princípio, como já disse, porque depois torna-se agradável singrar pelas esferas novas do saber como viajar pelas terras desconhecidas ou singrar em canoa a motor nas águas mansas de um lago. Que a juventude não tenha medo da afronta dos maus, dos medos do espírito e fuja das cocas [ardis] que todos os inimigos do progresso lhes hão de querer pôr nos olhos, que, no fundo, são hediondas como caraças de carnaval. Que amem a vida pela vida e pela beleza que encerra, nada mais que no facto de o homem se sentir um ser útil à sociedade e, porventura, ao mundo, a despeito das paredes que delimitam o nosso Portugal da Europa. E mais uma vez: estudem. Compenetrem-se de que a vida somos nós que a fazemos como um padeiro amassa o pão às mãos ambas ou um escultor à greda em que modela a estátua. Só assim a vida se saboreia no que tem de saborosos tesouros íntimos reservados.
AR: A juventude portuguesa é como todas as demais europeias: generosa, cheia de seiva, inteligente, votada aos grandes destinos. Tenho porém muito medo dos mestres e dos mentores. A cada passo surge o diabo ao caminho. Um diabo de rabo pelado para que os jovens lhes hipotequem a alma. Quem os adverte do perigo? De modo geral este demónio vem embuçado, com todo o recato, em pés de lã, comedido e prudente, e fala como os antigos lentes de Coimbra: — Moço, teus pais eram assim, eram assado. Eram felizes. Fizeram esta nação grande. Amavam a Deus, etc., etc., etc. — Quais pais?, pergunto eu. Os nossos pais navegavam por debaixo das ondas? Atravessavam para o Rio, por exemplo, em nove horas? Viajavam na estratosfera? Ouviam Londres em Lisboa? Ressuscitavam duas e três vezes na mesa operatória? Para estes progressos da física e da fisiologia humana forçoso é que haja outra mentalidade. Ou que se invente. Nisto está a grande obra da pedagogia. É para essa inovação transcendental do psíquico que eu
dirijo o meu convite à juventude portuguesa.
J: De que forma, exatamente?
[Acordaram o escritor e o jornalista que a resposta a esta pergunta, sob a forma de mensagem, seria do próprio punho de AR. O texto, um dos últimos por si escritos, foi entregue dias depois. A extensão da mensagem era no mínimo o dobro da que se reproduz em consequência dos cortes feitos pela Censura. As
chamadas “provas de granel” devolvidas ao jornal pela Censura foram confiadas a Aquilino na antevéspera da publicação e poucas semanas antes da sua morte].
AR: De que forma? Não tendo medo de viver. Tapando os ouvidos às vozes dos velhos do Restelo, todavia sem que esse repúdio provoque o desequilíbrio da sua pessoa moral, que é um edifício mais bem interessante do que os construídos pelos arquitetos à beira das ruas.
Que os jovens, repito, não tenham medo de viver. Que não tenham relutância em estudar. É uma questão de persistência de princípio, como já disse, porque depois torna-se agradável singrar pelas esferas novas do saber como viajar pelas terras desconhecidas ou singrar em canoa a motor nas águas mansas de um lago. Que a juventude não tenha medo da afronta dos maus, dos medos do espírito e fuja das cocas [ardis] que todos os inimigos do progresso lhes hão de querer pôr nos olhos, que, no fundo, são hediondas como caraças de carnaval. Que amem a vida pela vida e pela beleza que encerra, nada mais que no facto de o homem se sentir um ser útil à sociedade e, porventura, ao mundo, a despeito das paredes que delimitam o nosso Portugal da Europa. E mais uma vez: estudem. Compenetrem-se de que a vida somos nós que a fazemos como um padeiro amassa o pão às mãos ambas ou um escultor à greda em que modela a estátua. Só assim a vida se saboreia no que tem de saborosos tesouros íntimos reservados.
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
terça-feira, 8 de outubro de 2013
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Bicicletas eléctricas gratuitas em Viseu
Não deixa de ser uma boa notícia.
No entanto, alguns reparos:
1) Viseu é pequeno, mas 10 bicicletas é micro. Se a intenção era verdadeiramente implementar o uso generalizado deste meio de transporte que tende a crescer noutras cidades (Portuguesas e Europeias), aumentar o número de bicicletas e estações era desejável;
2) Trocava bem 10 bicicletas eléctricas por 30 bicicletas à base de músculo, e mais espalhadas pela cidade, por forma a criar uma rede de estações de bicicletas em "modo metro";
3) Se o problema é manutenção implementaria também um preço simbólico, qualquer coisa como 10€/ano.
4) A par do preço, criava-se um passe que permitisse utilizar as ditas fora do horário de funcionamento "Seg-Sábado 9-19h". A malta gosta de passear ao Domingo! E assim ficava também registado quem eram as pessoas que as usavam, caso pretendessem fazer "Destruction Derbies" com o Aquilino.
Mas está bonzinho!
No entanto, alguns reparos:
1) Viseu é pequeno, mas 10 bicicletas é micro. Se a intenção era verdadeiramente implementar o uso generalizado deste meio de transporte que tende a crescer noutras cidades (Portuguesas e Europeias), aumentar o número de bicicletas e estações era desejável;
2) Trocava bem 10 bicicletas eléctricas por 30 bicicletas à base de músculo, e mais espalhadas pela cidade, por forma a criar uma rede de estações de bicicletas em "modo metro";
3) Se o problema é manutenção implementaria também um preço simbólico, qualquer coisa como 10€/ano.
4) A par do preço, criava-se um passe que permitisse utilizar as ditas fora do horário de funcionamento "Seg-Sábado 9-19h". A malta gosta de passear ao Domingo! E assim ficava também registado quem eram as pessoas que as usavam, caso pretendessem fazer "Destruction Derbies" com o Aquilino.
Mas está bonzinho!
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
terça-feira, 10 de setembro de 2013
B Fachada - Kit de Prestidigitação
Queres ficar com a televisão
Queres ficar com o meu kit de prestidigitação
Queres ficar com o solar na Beira
Queres a minha velha cafeteira
Queres ficar com o Manel João
Queres ficar com o meu pobre coração.
Tu queres tudo e eu dou-te tudo o que há para dar
Levas tudo o que há de mim
Só comigo é que não queres ficar.
Aos teus pais dou-lhes tecto e pão
Dou-te a minha irmã para o teu irmão.
Queres ficar com a biblioteca
Queres ficar com os meus LP's do Zeca
Queres ficar com as vizinhas
Queres ficar com o porteiro
Primas minhas, tu tinhas que gostar do mundo inteiro
Queres ficar com os bilhetes do Vinícius
Queres as minhas coleções e os meus vícios
Queres ficar com a casa numa condição,
Ficares também com a adega e a plantação.
Já só tenho mais um rim para te emprestar
O coração já levaste na pensão alimentar.
Tu queres de tudo e eu dou-te tudo e dou-me a Deus
Cuido de mim, cuido de ti
Cuido dos meus e porque não dos teus.
B Fachada
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
E acorda Portugal...
Quando a verdade se veste de música.
Eu Esperei, por Tiago Bettencourt
Eu Esperei, por Tiago Bettencourt
Eu esperei
Mas o dia não se fez melhor
E o sujo não se quis limpar,
Inventou mais flores em meu redor
Como se eu não fosse olhar!
Enfeitou as ruas para cobrir
Terra seca de não semear
Deram-me água turva a beber
Dizem cura e força e solução
Como se eu não fosse olhar!
Eu esperei
Mas o fumo não saiu da estrada
Arde o sonho em troca de nada
Dizem festa, mas é solidão
Como se eu não fosse olhar!
A mentira não se fez verdade
E a justiça não se fez mulher
A revolta não se fez vontade
Braços novos sem educação
Sangue velho chora de saudade!
Eu esperei
Dizem luta mas não há destino
Dão-me luzes mas não é caminho
Dizem corre mas não é batalha
Como quem não quer mudar!
Esta corda não nos sai das mãos
Esta lama não nos sai do chão
Esta venda não deixa alcançar.
Cantam "armas" mas não é amor
Mão no peito mas não é amar
Fato justo mas sem lealdade
Cavaleiro mas já sem moral
Braços sujos que se vão esconder
Braços fracos não são de lutar
Braços baixos não se querem ver
Como se eu não fosse olhar!
Eu esperei
Pelo tempo transparente em nós
Pelo fruto puro de escolher
Pela força feita de alegria
Mas o povo dorme na ilusão!
E a tristeza é forma de sinal
Liberdade pode ser prisão...
Meu deus, livra-nos do mal
E acorda Portugal...
terça-feira, 20 de agosto de 2013
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Desconfia...
- "Desconfia..."
- "Obviamente! Corja desta merece lá respeito."
- "Toda a gente tem defeitos."
- "Mas alguns parecem insistir neles."
- "Obviamente! Corja desta merece lá respeito."
- "Toda a gente tem defeitos."
- "Mas alguns parecem insistir neles."
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Consenso Político
Recordo-me há uns anos de ouvir na rádio o Sr. Jerónimo de Sousa, por altura da campanha de que viria a resultar o 1º governo de Sócrates, em que este insistia que necessitava de maioria absoluta para governar. O Sr. Jerónimo de Sousa conseguiu descomplicar toda a política geralmente envolvente às disputas partidárias dizendo que o PS não necessitaria de maioria absoluta para governar, uma vez que se ele se apresentasse em Assembleia as propostas que prometia na sua campanha o PCP certamente apoiaria as propostas, umas vez que eram válidas.
O que aconteceu depois todos sabemos... promessas valem o que valem neste nosso cantinho.
Hoje, ao ler o Jornal do Centro reparo-me com uma situação semelhante, em que Hélder Amaral diz "Os programas das outras candidaturas são belíssimos. Porventura, muito ao estilo das páginas amarelas. Está lá tudo, mas, ainda assim, são como referi belíssimos programas. Assim, se temos todos programas que num ponto ou outro são coincidentes, resta-me dizer que o que falta é discutir a vontade e as pessoas que encarnam e que dão a cara por cada um destes projectos"
Ora com um sorriso amarelo constato que nem havia necessidade de eleições, se estamos todos de acordo "bora lá" trabalhar em equipa e fazer isto andar para a frente. Mas o sorriso é amarelo por alguma coisa... aparentemente todos acertaram nas promessas a fazer. Vamos ver se o eleito acerta também nas iniciativas a tomar!
O que aconteceu depois todos sabemos... promessas valem o que valem neste nosso cantinho.
Hoje, ao ler o Jornal do Centro reparo-me com uma situação semelhante, em que Hélder Amaral diz "Os programas das outras candidaturas são belíssimos. Porventura, muito ao estilo das páginas amarelas. Está lá tudo, mas, ainda assim, são como referi belíssimos programas. Assim, se temos todos programas que num ponto ou outro são coincidentes, resta-me dizer que o que falta é discutir a vontade e as pessoas que encarnam e que dão a cara por cada um destes projectos"
Ora com um sorriso amarelo constato que nem havia necessidade de eleições, se estamos todos de acordo "bora lá" trabalhar em equipa e fazer isto andar para a frente. Mas o sorriso é amarelo por alguma coisa... aparentemente todos acertaram nas promessas a fazer. Vamos ver se o eleito acerta também nas iniciativas a tomar!
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
A Paixão e a Rádio
Paixão acontece quando todas as músicas que ouvimos na rádio parecem ser sobre nós.
Decidi restringir-me à musica instrumental experimental romena.
Decidi restringir-me à musica instrumental experimental romena.
sexta-feira, 26 de julho de 2013
A inconsistência dos factos
A inconsistência dos factos é algo que me atrai. No fundo levamos toda a vida a tentar ganhar certezas ou a formar opiniões sobre os mais diversos assuntos numa tentativa de estruturar o mundo numa forma que seja compreensível aos nossos olhos, e no entanto quantas vezes nos deparamos com situações que totalmente reformatam toda a nossa percepção? Aqui jaz o meu encanto, porque embora possa ter toda a minha visão bem cimentada, nada me garante (sendo até certo) que já tenha visto tudo, resultando numa imprevisibilidade que vai contra à estruturação por que lutamos.
Assim podemos adoptar duas posturas: ou nos fechamos em portas, crendo e insistindo naquilo que já acreditamos, tentando explicar o novo com os conhecimentos do antigo, ou mantemos uma postura mais aberta ao novo, sempre pronto a confrontar o que já temos. De uma forma simplista o leitor pensará que a segunda é mais sensata, mas tem os seus contras. Repare, uma postura aberta significa que há pouca consolidação do que se conhece, e isso resulta em falta de interesse, pouco aprofundamento sobre algo, e poderá até impedir a descoberta do novo, pois tal como diz a ciência "uma resposta origina sempre 1000 novas perguntas".
Fica pois então claro que algo intermédio será o mais aconselhável (tal como em tudo na vida de resto), e aqui ergue-se uma nova barreira: Em que ponto do intermédio? Esta mesma incerteza é o que frequentemente origina diferenças de opinião, incutindo diversidade de pensamentos e argumentos, que por discussão multiplica ainda mais esta diversidade, num efeito exponencial. Mas vá, a diversidade possibilita a descoberta do novo, e o novo, podendo nem sempre ser bom, é proveitoso pelo potencial que encerra.
Isto claro é também fortemente influenciado pela sociedade, e chegamos a um ponto em que a sociedade influencia mais o indivíduo do que vice-versa, também por nos depararmos por essa "rigidez social". O Homem teve um desenvolvimento social bastante aprecíavel, considerando os últimos 1300 anos de história, e sempre houve grandes figuras capazes de dirigir esta linha em pontos decisivos. No entanto é curioso como outras culturas adoptaram caminhos semelhantes, mesmo que independentes entre si.
Porém hoje somos dotados do pensamento abstracto capaz de questionar até as fundações mais básicas. Este questionamento gera, mais uma vez variedade, etc. etc., e ainda assim não evolui do pensamento. Porque será tão difícil que este pensamento abstracto consiga conceder novos modelos sociais, que possam ser propostos e revistos, que possa despertar algo e efectivamente influenciar fortemente a sociedade?
Cimento meus amigos, cimento!
Assim podemos adoptar duas posturas: ou nos fechamos em portas, crendo e insistindo naquilo que já acreditamos, tentando explicar o novo com os conhecimentos do antigo, ou mantemos uma postura mais aberta ao novo, sempre pronto a confrontar o que já temos. De uma forma simplista o leitor pensará que a segunda é mais sensata, mas tem os seus contras. Repare, uma postura aberta significa que há pouca consolidação do que se conhece, e isso resulta em falta de interesse, pouco aprofundamento sobre algo, e poderá até impedir a descoberta do novo, pois tal como diz a ciência "uma resposta origina sempre 1000 novas perguntas".
Fica pois então claro que algo intermédio será o mais aconselhável (tal como em tudo na vida de resto), e aqui ergue-se uma nova barreira: Em que ponto do intermédio? Esta mesma incerteza é o que frequentemente origina diferenças de opinião, incutindo diversidade de pensamentos e argumentos, que por discussão multiplica ainda mais esta diversidade, num efeito exponencial. Mas vá, a diversidade possibilita a descoberta do novo, e o novo, podendo nem sempre ser bom, é proveitoso pelo potencial que encerra.
Isto claro é também fortemente influenciado pela sociedade, e chegamos a um ponto em que a sociedade influencia mais o indivíduo do que vice-versa, também por nos depararmos por essa "rigidez social". O Homem teve um desenvolvimento social bastante aprecíavel, considerando os últimos 1300 anos de história, e sempre houve grandes figuras capazes de dirigir esta linha em pontos decisivos. No entanto é curioso como outras culturas adoptaram caminhos semelhantes, mesmo que independentes entre si.
Porém hoje somos dotados do pensamento abstracto capaz de questionar até as fundações mais básicas. Este questionamento gera, mais uma vez variedade, etc. etc., e ainda assim não evolui do pensamento. Porque será tão difícil que este pensamento abstracto consiga conceder novos modelos sociais, que possam ser propostos e revistos, que possa despertar algo e efectivamente influenciar fortemente a sociedade?
Cimento meus amigos, cimento!
segunda-feira, 22 de julho de 2013
Não arrastes o meu caixão
Não arrastes o meu caixão
Que o macadame tornou-se infame
E a traição dificulta a tração
É por isso que volto à poeira
Menos atroz o atrito à madeira
Nas tábuas do meu caixão
Os ornamentos tornaram-se lisos
Vaidade morta, só restam narcisos
Em coroa no meu caixão
Não arrastes o meu caixão
Que as carpideiras perderam maneiras
E o cortejo tornou-se motejo
Em epitáfios talhados por cegos
Entre sevícias entrego-me aos pregos
Das tábuas do meu caixão
Do meu sarcófago fazes saltérios
Como a uma lira dedilhas o lírios
Em coroa no meu caixão
O estranho esquife espiaras, esconso
Na valsa convulsa em volta do vulto
Que habita no meu caixão.
SU
quinta-feira, 11 de julho de 2013
Vou ser
Vou ser o dia que te acorda
E a noite a adormecer-te
Vou ser o ar que tu respiras
P’ra poder tirar-to
É que quem se oferece assim não tem medo
De ser aquilo que sonhou em segredo
20 Fingers
Amanhã no Teatro às 21h30.
Plateia e camarotes: 10€; Frisas frontais: 7.50€; Frisas laterais: 5€ (com descontos aplicáveis).
Plateia e camarotes: 10€; Frisas frontais: 7.50€; Frisas laterais: 5€ (com descontos aplicáveis).
20 FINGERS | “DE MOZART A CHICO BUARQUE”
Compre aqui o seu bilhete
A interação, em tempo real, entre pianistas e video jammer faz deste espetáculo uma experiência sensorial completa a que ninguém ficará indiferente, plena de luz, cor e animação.
A dupla a quatro mãos dos pianistas João Vasco e Eduardo Jordão, estreada em 2007, junta-se agora ao VJ Moai numa versão multimédia do recital De Mozart a Chico Buarque, idealizada pelo encenador e coreógrafo Bruno Cochat.
Da sonata clássica ao ragtime, do tango ao chorinho, este é um espetáculo transversal, marcado pelo ritmo, pela dança e pelo humor.
quarta-feira, 3 de julho de 2013
Petição Pela Libertação do Dr. Paulo Portas e dos restantes dirigentes do CDS-PP
Porque o CDS tem sido “amarrado à cadeira” do poder, o que representa um claro desrespeito pelos direitos humanos, a Farmácia de Serviço assina a petição.
O que vale é que vamos tendo um sentido de humor fantástico.
O que vale é que vamos tendo um sentido de humor fantástico.
terça-feira, 2 de julho de 2013
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Prémios para Português Ver
Oh Dr. Fernando Ruas, eu ainda sou capaz de acreditar que por ingenuidade acreditou também que este prémio era genuíno, confesso até eu estava um pouco orgulhoso/céptico!
Agora com tanto basqueiro à volta do assunto ameaça recorrer à via legal caso se trate de burla? Repare, burla é, no entanto é uma burla do melhor tipo, a legal! Basicamente pagou para ter serviços de publicidade para a CMV, e concordou com o montante. De prémio leva ainda uma estatueta. Vai recorrer de quê? De ter caído no conto do vigário?
Mas estou optimista de que a festa será rija!
Agora com tanto basqueiro à volta do assunto ameaça recorrer à via legal caso se trate de burla? Repare, burla é, no entanto é uma burla do melhor tipo, a legal! Basicamente pagou para ter serviços de publicidade para a CMV, e concordou com o montante. De prémio leva ainda uma estatueta. Vai recorrer de quê? De ter caído no conto do vigário?
Mas estou optimista de que a festa será rija!
quarta-feira, 26 de junho de 2013
quarta-feira, 19 de junho de 2013
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Espírito Académico
Em Coimbra
respira-se espírito académico. Esta é uma imagem de marca bem vincada da Lusa Atenas,
de que os seus habitantes e seus estudantes tanto se orgulham. Porque em
Coimbra se sente o peso da tradição, o acumular de memórias de tantos séculos
de histórias, Coimbra é certamente uma cidade diferente, e a sua Universidade
única.
Olhando para as
outras cidades, as diferentes Universidades e Politécnicos tentam mimetizar
esta característica, criando tradições pesadas, porém jovens, com forte adesão
da comunidade estudantil. Agora, o que me parece que falhou aqui foi o não
entendimento da definição de “espítiro académico”, talvez também por
esquecimento da velha Coimbra.
Repare-se, se
hoje for perguntar a um estudante numa qualquer Universidade sobre a sua
definição de espírito académico, poderá obter várias respostas, entre as mais
comuns: “São festas e camaradagem!” – responderão os mais foliões, se ainda
tiverem o bom senso de não mencionar o (muito) alcóol normalmente envolvido na
dita camaradagem; mas essas características meus amigos podem tê-las até no
Avante... Outros, mais sérios responderão: “É sentir a importância do traje
(capa e batina em Coimbra), o peso secular da história da Universidade, e sua
importância vital na sociedade Portuguesa”.
Pois bem, à
importância na sociedade torço já o nariz, é fácil ver qual a opinião pública
em relação aos universitários portugueses, e isso, não tenho medo nenhum de
afirmar, é culpa dos universitários, afinal estão tão vincados nesse tal
espírito académico que se estão a dirigir numa direcção errada.
O espírito
académico é a procura do conhecimento por si, de querer sempre saber mais, de
promover discussões entre os diversos intervenientes da academia, sempre com um
carácter intelectual e académico.
Antigamente assistia-se ao Cortejo da Queima das Fitas de Coimbra e
dizia-se “Ali vão os futuros dirigentes do nosso país”. Agora vêm uma cambada
de ignóbeis num concurso desenfreadro de tentar entrar em coma alcoólico ainda
antes da Rotunda do Papa.
Atenção, não sou
hipócrita ao ponto de dizer que nos meus tempos de estudante não abusei do
álcool e da folia, isso faz parte de estudar em Coimbra. Mas em relação ao resto, confesso
que por vezes me soube a pouco. Talvez não tenha sabido procurar bem...
ou talvez haja pouco estímulo para incutir esta mentalidade?
Um apelo às
gerações futuras: imponham de novo o verdadeiro sentido de espírito académico e academia.
O país ia agradecer e beneficiar.
sexta-feira, 7 de junho de 2013
Doses de política local
Confesso que
política e eu formamos uma emulsão altamente instável, no entanto, temos de nos
subjugar à forma como o mundo está organizado, por isso, como já dizia o outro “se
não os podes vencer, junta-te a eles”.
Mas a política
regional pelo menos dá um certo gozo, uma vez que rompe com todo e qualquer
conceito de sensatez. Primeiro começou com a indecisão sobre quem seria o
candidato laranja ao Cavaquistão; aqui notou-se uma clara antagonia entre PSD e
o nosso famoso bigodes, mas o Dr. Ruas lá teve de acatar com o Dr. Henriques.
Agora a minha questão é: o Dr. Ruas (com todo o respeito que lhe é devido, atenção!)
já afirmou publicamente que gostaria de regressar depois da suspensão (o que é
legítimo na base da cidadania), e no entanto apoia também o Dr. Henriques, que
já afirmou publicamente que tem um projecto de futuro, i.e., mais que um
mandato. Ora esta relação é muito estranha, talvez inspirada nos (des)amores do
governo.
Outra coisa que
me deixa a pensar é se os dois principais candidatos sabem se são mesmo
Viseenses ou não, porque parece-me a mim (ai ai, as más línguas...) que se
lembraram disso agora que abriu uma vaga no poleiro. No entanto saúdo o
vincado empenho dos protagonistas em enraizar-se na terra.
Relativamente à
candidatura do Coronel Fernando Figueiredo à Assembleia Municipal pelo CDS-PP,
que está a causar grande balbúrdia na opinião pública, não entendo o motivo de
tanta agitação. Sinceramente o sistema político instalado em Portugal é
deprimente, e como bem fraseado pelo Rui “a crítica é menos eficaz que o
exemplo”. O Fernando faz um trabalho notável a partir do VSB, sendo talvez o
principal motor para discussão crítica na cidade, e só posso ver com bons olhos
a emergência de personalidades independentes no meio instalado, até para
desinstalá-lo! Aliás, e concordando com o Rui, criticar de
fora é fácil (uma espécie de intelectualismo provenciano, bem fraquinho por
sinal), mas arregaçar as mangas e fazer algo é outra, porque nos tira da nossa
posição de conforto para efectivamente realizar trabalho palpável. Além disso,
na minha modesta opinião, o sentido crítico com torpedo sempre na ponta da
língua do Fernando só poderá beneficiar a discussão na Assembleia.
Houvesse mais
gente com vontade!
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Dívida
Quando me disseste para to dar não me disseste que não o devolverias. Ficas em dívida até ao fim.
Afinal, toda a gente precisa do seu tormento.
Afinal, toda a gente precisa do seu tormento.
terça-feira, 4 de junho de 2013
Há coisas que não cansam
Felizmente há coisas que não cansam, temo é tornar-me demasiado repetitivo em relação ao Teatro Viriato, mas de facto, que faz um trabalho notável, lá isso faz, e o Viseu a 01 do 06 fez a cidade brilhar de uma forma que só peca pelo facto de não haver mais entidades a apostar em iniciativas do género.
O que faz falta? É animar a malta, e um centro de artes e espectáculos até ajudava!
Teatro Viriato, por mim estou rendido e com síntomas de habituação, por favor continue a alimentar o (bom) vício.
Quanto a mim, pode contar comigo para uma modesta contribuição na divulgação, bem como para espectador.
Uma vénia!
O que faz falta? É animar a malta, e um centro de artes e espectáculos até ajudava!
Teatro Viriato, por mim estou rendido e com síntomas de habituação, por favor continue a alimentar o (bom) vício.
Quanto a mim, pode contar comigo para uma modesta contribuição na divulgação, bem como para espectador.
Uma vénia!
quinta-feira, 30 de maio de 2013
Café no Aquário (?)
A Forma Farmacêutica Oral tanto convida como aceita para um cafézinho agradável na Praça da República, vulgo Rossio, para uma saudável troca de ideias, em jeito tertuliano, jocoso e crítico.
Indicações para o GPS: 3500 Viseu.
Indicações para o GPS: 3500 Viseu.
sexta-feira, 24 de maio de 2013
A noite passada sonhei que te tinha de novo
A noite passada sonhei que te tinha de novo
Voltei a cheirar o teu perfume e a sentir os teus braços
Deixei-me repousar no teu abraço jurando
que nunca mais te iria deixar fugir
Não mais o erro de não te ver,
não mais o erro de te tentar esquecer
A noite passada sonhei que me tinha encontrado de novo
que a minha pessoa estava de novo ao meu lado
que um beijo terno atestava o "para sempre" que te anseio arrancar
amar-te para sempre, prometo até acordado,
mas no sonho estavas nos meus braços, a tua mão na minha
Sussurrando "amo-te para sempre", para sempre
A noite passada sonhei que era feliz
que fazia promessas de nunca desistir
que o nós era demasiado forte para se ferir
que eu precisava de ti, e tu de mim
E no entanto ao amanhecer apenas ganhei
um novo ódio ao acordar.
Gabriel Frollo
sexta-feira, 17 de maio de 2013
Devaneio esgotado
- "Não sabe o que digo."
- "Não sabe o que faço."
- "Não sabe o que faço."
- "Não sabe o que penso."
- "Por muito menos lhe nego."
- "Por ora, onda pára a razão?"
- "Desconheço quem conheça, desprezo quem procure."
- "Desconheço quem conheça, desprezo quem procure."
- "Receio da verdade?"
- "Blasfémia!"
- "Não o censuro, a ignorância ainda é a maior de todas as bençãos."
- "Blasfémia!"
- "Não o censuro, a ignorância ainda é a maior de todas as bençãos."
- "Subscrevo."
- "Ainda assim, inadvertidamente lá chegará."
- "Velhice?"
- "Sabedoria!"
- "Sabedoria!"
- "Bah!"
- (sorriso maldoso) "Você sabe que sim."
- "Infelizmente."
- "Subscrevo."
Conferências Expresso
Porquê a “Educação” como temática escolhida para Viseu. Por que não a saúde, justiça ou desemprego, por exemplo?
Quisemos estar em Viseu, como em outras cidades importantes do país. A educação, como a justiça ou o desemprego, a demografia ou a saúde, etc., é um tema transversal a todo o país e qualquer um deles poderia ter a cidade como palco. Na verdade, o tema educação surgiu do facto de sabermos que Viseu, que lutou por ter uma Universidade pública, tem um excelente ensino politécnico e apresenta índices interessantes nos rankings das escolas.
Entrevista a Francisco Pinto Balsemão, in http://www.jornaldocentro.pt/?p=10859
Que eu gostava de ver uma Universidade Pública em Viseu gostava. Mas se for para ser de qualidade das muitas que para aí andam...
Quando for para haver Univerdade, que seja uma Universidade com "U" grande.
O belo do Wi-Fi
Já aqui falei uma vez da falta de Wi-Fi no Centro Municipal da Juventude, que não faz sentido, mas agora surge a notícia de que o centro histórico da cidade terá ligação Wi-Fi gratuita a partir do Verão.
Ora, seja para impressionar a emigrante ou a Viseense não posso deixar de congratular a medida. No entanto refira-se que vem um pouco atrasada, afinal estamos em 2013. Esta notícia poderia ter tido um bom impacto em 2005 talvez? Talvez tivesse levado mais gente ao centro histórico desde aí e a situação estivesse ligeiramente diferente hoje?
O que a importa no centro histórico é reanimá-lo, e sem dúvida que tal medida ajudará, mas não chega. O CH precisa de gente nova a povoá-lo (e atenção não me refiro aos vampiros fígados de aço que por lá habitam aos fim de semanas à noite), de ter um comércio impulsionado de forma sustentável, necessita de facto ser um pólo central na cidade, e não os centros comerciais que a rodeiam.
Relativamente ao Wi-Fi, a medida é de facto boa, uma cidade moderna é sempre uma cidade bem orientada, mas eu pergunto-me (e aqui tenho de fazer um esforço de memória tremendo porque li isto num Jornal do Centro já há alguns anos, corrijam-se se estou enganado), não têm aqueles candeeiros colocados na Praça da Républica e Rua da Paz uma antena Wi-Fi incorporada? E porque não alargar a medida para o coração da Cidade?
É apenas uma sugestão... talvez o aquário não tivesse ido à vida, e mais gente comece a passar as boas tardes de verão no Rossio, ao invés de ser pombal municipal.
Ah claro, e no Centro Municipal da Juventude!
Ora, seja para impressionar a emigrante ou a Viseense não posso deixar de congratular a medida. No entanto refira-se que vem um pouco atrasada, afinal estamos em 2013. Esta notícia poderia ter tido um bom impacto em 2005 talvez? Talvez tivesse levado mais gente ao centro histórico desde aí e a situação estivesse ligeiramente diferente hoje?
O que a importa no centro histórico é reanimá-lo, e sem dúvida que tal medida ajudará, mas não chega. O CH precisa de gente nova a povoá-lo (e atenção não me refiro aos vampiros fígados de aço que por lá habitam aos fim de semanas à noite), de ter um comércio impulsionado de forma sustentável, necessita de facto ser um pólo central na cidade, e não os centros comerciais que a rodeiam.
Relativamente ao Wi-Fi, a medida é de facto boa, uma cidade moderna é sempre uma cidade bem orientada, mas eu pergunto-me (e aqui tenho de fazer um esforço de memória tremendo porque li isto num Jornal do Centro já há alguns anos, corrijam-se se estou enganado), não têm aqueles candeeiros colocados na Praça da Républica e Rua da Paz uma antena Wi-Fi incorporada? E porque não alargar a medida para o coração da Cidade?
É apenas uma sugestão... talvez o aquário não tivesse ido à vida, e mais gente comece a passar as boas tardes de verão no Rossio, ao invés de ser pombal municipal.
Ah claro, e no Centro Municipal da Juventude!
sexta-feira, 26 de abril de 2013
Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando -
a delimitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
Mário Cesariny de Vasconcelos
quinta-feira, 25 de abril de 2013
Município de Viseu distinguido pela Europe Business Assembly
O nosso presidente, Dr. Fernando Ruas continua a dar cartas. Desta vez o município de Viseu será distinguido com os prémios "Melhor Cidade" e "Melhor Autarca", atribuídos por uma organização não governamental de Oxford (UK), a EBA (Europe Business Assembly).
Segundo o próprio website, a Europe Business Assembly tem como principal papel promover a transformação da experiência e práticas económicas, o estabelecimento de vínculos económicos, educacionais, culturais e científicos e a criação de elites de negócio Nacionais.
De resto, após vasculhar o site da EBA não encontrei qualquer referência a estes prémios para atestar a informação do Semanário Sol.
Já como dizia Pessa, "E esta heim?"
Segundo o próprio website, a Europe Business Assembly tem como principal papel promover a transformação da experiência e práticas económicas, o estabelecimento de vínculos económicos, educacionais, culturais e científicos e a criação de elites de negócio Nacionais.
De resto, após vasculhar o site da EBA não encontrei qualquer referência a estes prémios para atestar a informação do Semanário Sol.
Já como dizia Pessa, "E esta heim?"
segunda-feira, 22 de abril de 2013
terça-feira, 16 de abril de 2013
Música à moda da Fnac
Já aqui o disse uma vez, a Fnac presta um grande serviço cultura à cidade, através da promoção de exposições, workshops, eventos e concertos, alguns bastante interessantes. Este mês então a coisa promete bastante! A Forma Farmacêutica Oral recomenda o tratamento musical gratuito para aliviar os sintomas financeiros governamentais:
- Dia 19/04 Sex 17h: Opera Chaotique (EL) (mas a hora não é lá muito boa para uma Sexta-feira...!)
- Dia 20/04 Sáb 16h: The Fishnails
- Dia 26/04 Sex 17h : Blue Trash Can (maldita hora outra vez...)
- Dia 27/04 Sáb 16h: Meu Melro
- Dia 28/04 Dom 17h: Samuel Úria (temo que o Cafe Fnac vá ser um espaço bem pequeno para acolher o Tondelense. Teatro Viriato, e porque não organizar um gig para o Úria?)
terça-feira, 9 de abril de 2013
Pousada de Viseu : Metamorfose e Reciclagem de uma Memória
Tese de Mestrado interessante, da Exma. Arquitecta Daniela Alexandra Nogueira Santos.
Porque o antigo Hospital de S. Teotónio foi o local de nascimento para muitos de nós, e pela estética fantástica e imponente com local privilegiado na cidade, é importante compreender o seu posicionamento tanto na cidade, como na sociedade local.
Porque o antigo Hospital de S. Teotónio foi o local de nascimento para muitos de nós, e pela estética fantástica e imponente com local privilegiado na cidade, é importante compreender o seu posicionamento tanto na cidade, como na sociedade local.
sexta-feira, 5 de abril de 2013
Acorda Viseu, este é o teu Académico...
Académico de Viseu Futebol Clube, conhece? Sabia que está a “lutar” pela subida à segunda liga? Costuma ir ao Fontelo apoiar a equipa? Não? Sim? Talvez?…
ACORDA VISEU, olha o “teu” Académico… Olha o teu clube de volta aos momentos épicos e de glória que polvilharam a história do CAF, mais conhecido por Académico de Viseu… Estão de volta as grandes tardes do Fontelo, estão de volta as romarias de apoio ao Académico nas suas deslocações fora. E tu,ó cidade, porque esperas para apoiar o teu clube?
Quem se lembra da rocambolesca visita aos Aliados de Lordelo, no final da década de 70, que acabou com a subida à 1ª divisão do Académico e com uma monumental chuva de garrafas, pedras e outros objectos sobre as “nossas” gentes? Eu, nos meus 3/4 anos estive lá, como estiveram milhares de viseenses a vibrar com o “seu” Académico…
Quem se lembra de uma tarde chuvosa, dia de semana, jogo de liguilha no Fontelo, Académico vs Marítimo, chovia, casa a abarrotar, comércio fechado, festa rija na rua com direito a desfile da equipa…
Seguiu-se a descida até à 3ª Divisão, momentos complicados, mas o Académico, clube mais representativo da região, bandeira de uma cidade, voltou ao convívio dos grandes pela mão o Presidente José Manuel Oliveira e do falecido Carlos Alhinho.
Depois, depois a história é conhecida, momentos menos bons que sim, também eles são património do clube, mas, também, momentos de alegria e glória como os vividos na última época e os que agora se vivem.
Sob a batuta de Filipe Moreira, um punhado de valorosos guerreiros, preparam-se para as 4 finais que se avizinham. E tu? já tiras-te a bandeira do armário?
O Académico é de todos nós, o Académico precisa do apoio de todos nós. São 4 finais, tantas quantos os domingos e Abril. Vem apoiar o teu clube, trás um amigo, o teu filho a avó e a sogra, todos somos poucos, mas seremos seguramente mais…
Vamos voltar a ouvir aquele célebre grito que ecoava das bancadas do Fontelo:
“VAMOS AO GOLOOOOOO ACADÉMICO!!!!!!!!!
Uma palavra final para duas pessoas que muito contribuíram e contribuem para o ressurgimento Académico de Viseu, o seu Presidente Fernando Albino e o “faz-tudo” Monteiro.
From blog Tempo de Vésperas, by Rui Rodrigues dos Santos
ACORDA VISEU, olha o “teu” Académico… Olha o teu clube de volta aos momentos épicos e de glória que polvilharam a história do CAF, mais conhecido por Académico de Viseu… Estão de volta as grandes tardes do Fontelo, estão de volta as romarias de apoio ao Académico nas suas deslocações fora. E tu,ó cidade, porque esperas para apoiar o teu clube?
Quem se lembra da rocambolesca visita aos Aliados de Lordelo, no final da década de 70, que acabou com a subida à 1ª divisão do Académico e com uma monumental chuva de garrafas, pedras e outros objectos sobre as “nossas” gentes? Eu, nos meus 3/4 anos estive lá, como estiveram milhares de viseenses a vibrar com o “seu” Académico…
Quem se lembra de uma tarde chuvosa, dia de semana, jogo de liguilha no Fontelo, Académico vs Marítimo, chovia, casa a abarrotar, comércio fechado, festa rija na rua com direito a desfile da equipa…
Seguiu-se a descida até à 3ª Divisão, momentos complicados, mas o Académico, clube mais representativo da região, bandeira de uma cidade, voltou ao convívio dos grandes pela mão o Presidente José Manuel Oliveira e do falecido Carlos Alhinho.
Depois, depois a história é conhecida, momentos menos bons que sim, também eles são património do clube, mas, também, momentos de alegria e glória como os vividos na última época e os que agora se vivem.
Sob a batuta de Filipe Moreira, um punhado de valorosos guerreiros, preparam-se para as 4 finais que se avizinham. E tu? já tiras-te a bandeira do armário?
O Académico é de todos nós, o Académico precisa do apoio de todos nós. São 4 finais, tantas quantos os domingos e Abril. Vem apoiar o teu clube, trás um amigo, o teu filho a avó e a sogra, todos somos poucos, mas seremos seguramente mais…
Vamos voltar a ouvir aquele célebre grito que ecoava das bancadas do Fontelo:
“VAMOS AO GOLOOOOOO ACADÉMICO!!!!!!!!!
Uma palavra final para duas pessoas que muito contribuíram e contribuem para o ressurgimento Académico de Viseu, o seu Presidente Fernando Albino e o “faz-tudo” Monteiro.
From blog Tempo de Vésperas, by Rui Rodrigues dos Santos
quinta-feira, 4 de abril de 2013
Teatro Viriato a dar cartas
Se o Viseense não vai ao Teatro... o Teatro vai ao Viseense! Mais uma vez o Teatro Viriato tem uma iniciativa de se lhe tirar o chapéu, com dinamização do centro histórico!
No mesmo dia que anuncia a (excelente) programação de Abril - Julho.
Paulo Ribeiro, os meus mais sinceros parabéns.
No mesmo dia que anuncia a (excelente) programação de Abril - Julho.
Paulo Ribeiro, os meus mais sinceros parabéns.
quarta-feira, 3 de abril de 2013
O Martim
O que mais me apraz nestas duas últimas décadas é o aparecimento de grandes bandas portuguesas.
Fica a sugestão para mais uma: O Martim
"O Martim" nasce como confessionário-pop de Martim Torres, um jovem (contra)baixista com cartas dadas em paragens como as de B Fachada, Homens da Luta,e diversos projectos de Jazz. Muitos o conhecerão também como uma das metades da infame dupla "Maria Amélia", presença habitual no programa 5 Para a Meia Noite. Munido com um computador portátil, uma caixa de ritmos, vários instrumentos e voz malandra, gravou sozinho metade dos temas de um "Em Banho Maria" ainda em estado embrionário. Não satisfeito com a primazia da batida programada, decide gravar a outra metade do disco já com um baterista, sendo escolhido o seu então colega David Pires. Assim definido o repertório de estreia, surgem os primeiros concertos e faltava então quem lhe desse vida em palco. O baterista permanece no seu posto, juntando-se-lhe o exímio António Quintino no baixo eléctrico e, mais tarde, a versátil Íris Sarai nos teclados. É então que lentamente "O Martim" se torna numa proposta cada vez mais colectiva, num processo de osmose em que "O Martim" é só um, mas na verdade são quatro que se aglutinam e fazem alguma coisa acontecer. Já não um "projecto", mas sim uma concretização, uma realidade.
A realidade que "O Martim" toca e canta situa-se num eixo marginal entre Belém e a discoteca Lux de Santa Apolónia, fazendo escala no Cais Do Sodré durante largas horas. Canta-se a rua, o quarto, a casa de banho, o clube, a casa de banho do clube...Canta-se um lugar mas também um tempo, uma personagem, um Martim que se propõe a ser muitos ao mesmo tempo.
Com pés firmados no que já nos deu a Música Portuguesa (sem esquecer os habituais traços anglófonos da pop e do rock e o aceno cúmplice à ginga brasileira) "O Martim" depara-se agora com o desafio de desbravar território novo nos meandros a que se propõe, não faltando para já um contagiante single, um videoclip engenhoso e acima de tudo, vontade de mostrar o que se sabe e quer dizer.
from http://www.omartim.com
Fica a sugestão para mais uma: O Martim
"O Martim" nasce como confessionário-pop de Martim Torres, um jovem (contra)baixista com cartas dadas em paragens como as de B Fachada, Homens da Luta,e diversos projectos de Jazz. Muitos o conhecerão também como uma das metades da infame dupla "Maria Amélia", presença habitual no programa 5 Para a Meia Noite. Munido com um computador portátil, uma caixa de ritmos, vários instrumentos e voz malandra, gravou sozinho metade dos temas de um "Em Banho Maria" ainda em estado embrionário. Não satisfeito com a primazia da batida programada, decide gravar a outra metade do disco já com um baterista, sendo escolhido o seu então colega David Pires. Assim definido o repertório de estreia, surgem os primeiros concertos e faltava então quem lhe desse vida em palco. O baterista permanece no seu posto, juntando-se-lhe o exímio António Quintino no baixo eléctrico e, mais tarde, a versátil Íris Sarai nos teclados. É então que lentamente "O Martim" se torna numa proposta cada vez mais colectiva, num processo de osmose em que "O Martim" é só um, mas na verdade são quatro que se aglutinam e fazem alguma coisa acontecer. Já não um "projecto", mas sim uma concretização, uma realidade.
A realidade que "O Martim" toca e canta situa-se num eixo marginal entre Belém e a discoteca Lux de Santa Apolónia, fazendo escala no Cais Do Sodré durante largas horas. Canta-se a rua, o quarto, a casa de banho, o clube, a casa de banho do clube...Canta-se um lugar mas também um tempo, uma personagem, um Martim que se propõe a ser muitos ao mesmo tempo.
Com pés firmados no que já nos deu a Música Portuguesa (sem esquecer os habituais traços anglófonos da pop e do rock e o aceno cúmplice à ginga brasileira) "O Martim" depara-se agora com o desafio de desbravar território novo nos meandros a que se propõe, não faltando para já um contagiante single, um videoclip engenhoso e acima de tudo, vontade de mostrar o que se sabe e quer dizer.
from http://www.omartim.com
quinta-feira, 28 de março de 2013
Comércio da minha Infância
O artigo com que o caríssimo Miguel nos presenteou esta semana no Jornal do Centro vêm mesmo na hora H desta notícia. Viseu não é igual ao que era há 10 anos atrás, e se em alguns pontos isto foi muito positivo, noutros foi lastimável, e uma delas foi o ruir da Rua Direita. Eu lembro-me de ser garoto e ter que recorrer às minhas habilidades de ninja para conseguir fintar toda a gente que se encontrava na Rua direita, a um vulgar dia de semana! Se haviam pessoas na Rua Direita -> as pessoas faziam as suas compras na Rua Direita -> Os comerciantes fomentavam o negócio -> negócio gera emprego -> emprego gera dinheiro -> as pessoas vão para a Rua Direita fazer compras -> etc. num ciclo bastante saudável.
Porém, hoje a Rua Direita está deserta, e sinceramente até mete medo pôr lá o pé. Um dos ícones da cidade está assim ao abandono, e o que se faz para tratar disto? Entramos em complexos judaicos para fazer gastar mais um pouco de tinta e pixel na imprensa local.
Sempre achei que o comércio local deveria ser novamente fomentado através de iniciativas que deveriam partir da autarquia, algo que beneficiasse quem optasse pelo comércio tradicional ao invés dos centros comerciais, em que claro também houvesse benefícios aos seus clientes. Recordo-me por exemplo que em Coimbra o estacionamento era gratuito aos fim de semanas na baixa, para incentivar as pessoas a lá ir. Claro que no caso específico de Viseu isto não chega (mas poderia ser uma hipótese, até para dar uso ao caracol gigante da Santa Cristina que está actualmente a ser devorado pelas aranhas), no entanto a criação de incentivos fiscais para o comércio na zona seria proveitosa. E porque não fazer um "centro comercial" a céu aberto pelas rua Direita, Formosa, da Paz etc.? Bastaria a existência de condições mais facilitadas para a implementação de qualquer loja por lá... nem imaginam o nó que senti quando constatei que o Centro Comercial S. Mateus está somente a ganhar pó.
Por mim transferia todos os serviços públicos para os centros comerciais, e as lojas de volta para o centro da cidade. Fazia-se assim uma espécia de Mega Loja do Cidadão, e certamente se conseguiria justificar de melhor forma todos os coordenadores, gerentes e chefes lá do sítio.
A boa notícia porém vem dos Jardins Efémeros! O meu evento de verão favorito pretende alargar os seus limites e incluir a Rua Direita, tapando um pequeno troço, fazendo o dito "centro comercial a céu aberto", implementando assim mais um jardim na cidade. A ideia já foi apresentada à ACDV, que está agora à espera do orçamento.
Espero que o dinheiro não limite mais uma vez as cabeças desta boa gente. Prefiro gastar dinheiro em cultura que em parques de estacionamento junto à antiga estação ferroviária!
Porém, hoje a Rua Direita está deserta, e sinceramente até mete medo pôr lá o pé. Um dos ícones da cidade está assim ao abandono, e o que se faz para tratar disto? Entramos em complexos judaicos para fazer gastar mais um pouco de tinta e pixel na imprensa local.
Sempre achei que o comércio local deveria ser novamente fomentado através de iniciativas que deveriam partir da autarquia, algo que beneficiasse quem optasse pelo comércio tradicional ao invés dos centros comerciais, em que claro também houvesse benefícios aos seus clientes. Recordo-me por exemplo que em Coimbra o estacionamento era gratuito aos fim de semanas na baixa, para incentivar as pessoas a lá ir. Claro que no caso específico de Viseu isto não chega (mas poderia ser uma hipótese, até para dar uso ao caracol gigante da Santa Cristina que está actualmente a ser devorado pelas aranhas), no entanto a criação de incentivos fiscais para o comércio na zona seria proveitosa. E porque não fazer um "centro comercial" a céu aberto pelas rua Direita, Formosa, da Paz etc.? Bastaria a existência de condições mais facilitadas para a implementação de qualquer loja por lá... nem imaginam o nó que senti quando constatei que o Centro Comercial S. Mateus está somente a ganhar pó.
Por mim transferia todos os serviços públicos para os centros comerciais, e as lojas de volta para o centro da cidade. Fazia-se assim uma espécia de Mega Loja do Cidadão, e certamente se conseguiria justificar de melhor forma todos os coordenadores, gerentes e chefes lá do sítio.
A boa notícia porém vem dos Jardins Efémeros! O meu evento de verão favorito pretende alargar os seus limites e incluir a Rua Direita, tapando um pequeno troço, fazendo o dito "centro comercial a céu aberto", implementando assim mais um jardim na cidade. A ideia já foi apresentada à ACDV, que está agora à espera do orçamento.
Espero que o dinheiro não limite mais uma vez as cabeças desta boa gente. Prefiro gastar dinheiro em cultura que em parques de estacionamento junto à antiga estação ferroviária!
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