sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Centro Municipal da Juventude

Hoje tive a oportunidade de experimentar o novo "Centro Municipal da Juventude" em Viseu. Em local privilegiado (pela sua vista), no local onde costumava encontrar-se o café "Alta Vista", ao cimo da Cascata que liga a Cândido Reis à Alberto Sampaio (Escadinhas de Sto. Agostinho), ergue-se este novo serviço à juventude de Viseu.

Ora eu sempre fui rapaz de não estudar por casa, pois a FOX tem um efeito magnético imensurável sobre mim, ainda mais em alturas de estudo em que até o Goucha revela algum encanto. Então sempre fui frequentador de bibliotecas. Quando era um petiz estudante em Coimbra refugiava-me nas mais diversas bibliotecas de faculdades, e por Viseu ia para a Biblioteca Municipal D. Miguel da Silva. A Biblioteca é muita gira, muito moderna, xpto ao quadrado, mas o arquitecto não mediu aquilo lá muito bem. Note-se, o átrio de entrada é gigantesco, com tectos altos (sim, impressiona a ingleses e tudo!), já lugares sentados para estudar... pois há poucos! Não ocorreu ao Sr. que talvez um hall mais pequeno e mais espaço útil seria prático; resultado: desde que a biblioteca se mudou para lá que a procura de lugares para estudar se assemelha um pouco à corrida ao ouro no Yukon, com verdadeiros atropelamentos e mordidelas.

Assim, a CMV lá pensou que tinha de arranjar mais lugares. E abriram a Sala de Estudo do Fontelo (não é este o nome, mas também não o sei ao certo). É um espaço muito agradável, todo envidraçado, com a beleza do Fontelo à volta. E melhor, está aberto até tarde (23h), o que permite a pessoas sem ligação caseira à internet a utilizarem-na neste espaço. Na continuação deste empreendimento, ergue-se agora este Centro Municipal da Juventude. Desconheço se veio substituir o antigo situado na Rua dos Andrades (a minha memória não me permite garantir se é este o nome da rua, mas julgo que sim). E está muito bonito também, com muitos lugares para os computadores, uma sala jeitosinha para estudo e tudo mais. Não está aberto até tão tarde como a sala do Fontelo (este está aberto até às 21h), mas já é um bom serviço, ainda mais tão perto do centro da cidade.

E já todo lampeiro, lá fui eu, fiz ficha de inscrição, abri o meu computador para começar a escrever e reparo que não há ligação wireless à internet...

A sério? Se precisar de internet para estudar, como é o meu caso, preciso de ir para um dos computadores onde não está o meu trabalho? Lá me explicaram que podia também pedir um cabo de rede e ligar-me à rede local... mas para isso tenho de ficar virado para a parede que nem malandro de castigo.

Remediou, mas o wireless já faz parte daquelas coisas básicas com que toda a gente conta. Fica o apelo que que gastem 30€ na compra de um router para o estaminé.

De resto, está jeitoso!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

The Telephone



When I was just as far as I could walk
From here today,
There was an hour
All still
When leaning with my head against a flower
I heard you talk.
Don't say I didn't, for I heard you say
You spoke from that flower on the windowsill
Do you remember what it was you said?


First tell me what it was you thought you heard.


Having found the flower and driven a bee away,
I leaned my head,
And holding by the stalk,
I listened and I thought I caught the word
What was it? Did you call me by my name?
Or did you say
Someone said 'Come' - I heard it as I bowed.


I may have thought as much, but not aloud.


Well, so I came.

Robert Lee Frost

Parabéns à Ciência Portuguesa

Só porque são pessoas admiráveis e notáveis que merecem todo o reconhecimento.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Saltinho à Sé

Compensa cada vez mais dar um saltinho à zona histórica da cidade. Se nos conseguirmos escapar aos garotos de 14 anos com garganta de 18 e fígado de 64 até encontramos uns bons "assentos" para passar um bom bocado.

O Irish Bar é um sítio espectacular, bem povoado, animado, miúdas giras, empregados impecáveis... peca por ser pequeno, mas consegue emular o ambiente irish, e até seria interessante vê-lo a aumentar para que se pudessem organizar umas coisinhas mais engraçadas por lá. Sou muito adepto do ambiente irish/british, e recordo-me de num Irish Lisboeta ver uns marmanjos de violino e guitarra em punho a meter aquela malta toda a abanar. O Irish Viseense com mais espaço poderia apostar mais em concertos, recitais, tertúlias, récitas etc...

Mas pasmem-se! Grande notícia a da abertura de uma incubadora de empresas em Viseu, no edifício antigo dos Bombeiros, na Rua do Comércio! Custou a apanhar o balanço, mas lá fomos, ultrapassadas as dificuldades conceptuais funerárias. Apesar de tardio, é de louvar... Viseu tende a ser cidade dormitório de outras mais industriais limítrofes a Viseu... e o dinheiro não fica onde fica a casa. É onde fica a empresa! Esperemos que o tio Miguel tenha conseguido incutir algum espírito empreendedor nesta malta... afinal querer é poder, só é preciso convencê-los.


Fiquei também muito contente com a abertura do Maria Xica, e gostava de publicitá-lo! Na Rua Chão do Mestre, abre este restaurante/bar de formato retro e decoração pós-moderna hipster, e pelo que ouvi dizer pelas ruas serve o famoso brunch americano. Nunca "brunchei" mas arrisco. Duvido é que dê luta à petiscada ou à patuscada.
Ainda assim o conceito do Maria Xica atrai e fui ontem mesmo comprovar. Ambiente descontraído e agradável, com muitas salas por onde escolher. É difícil dar com a porta e com a sala onde estão os nossos amigos, mas espero conhecer os cantos à casa rapidamente. Passem pelo facebook e vejam que promete! Depois passem por lá. Se me encontrarem pago o mesmo café do teatro!


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Comemorar o 352º aniversário do Royal Society


Hoje que se comemora o 352º aniversário do Royal Society, de Londres, que tal um café concerto no Teatro?

Cliquem na imagem.

Continuo com a minha boa fé de pagar o café.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O Bairro

"O Bairro" - Documentário de Raquel Castro que retrata as angústias dos moradores do Bairro Municipal de Viseu que vivem há décadas na expectativa de poderem ver no dia seguinte as escavadoras destruírem as suas casas.



terça-feira, 20 de novembro de 2012

Prisoner



I'm in chains, you're in chains too
I wear uniforms and you wear uniforms too
I'm a prisoner, you're a prisoner too, Mr. Jailer, oh


I have fears, you have fear too
I will die but yourself go die too
Life is beautiful, don't you think so too, Mr, Jailer?



I am talking to you jailer, stop calling me a prisoner
Let he who is without sin be the first to cast the stone
Mr. Jailer, Mr. Jailer man



You suppress all my strategy
You oppress, oh every part of me
What you don't know you're a victim too, Mr. Jailer



Oh, you don't care about my point of view
If I die another will work for you
So you treat me like a modern slave, Mr. Jailer



I'm talking to you jailer, stop calling me a prisoner
Let he who is without sin be the first to cast the stone
Mr. Jailer, Mr. Jailer man



You see if you walking in a market place don't throw stones
Even if you do you just might hit one of your own
Life is not about your policies all the time
So you better rearrange your philosophies
And be good to your fellow man, jailer



Stop calling me a prisoner
Let he who is without sin be the first to cast the stone
Mr. Jailer



Oh, I'm talking to you jailer, stop calling me a prisoner
Let he who is without sin be the first to cast the stone
Mr. Jailer, Mr. Jailer



I hear my baby say I wanna be president
I wanna chop money from my government
What he don't know? What he won't know? What he can't know?
Jailer, jailer

Oh be good, oh be good, oh be good, oh
Somebody be good, oh be good, oh be good
Oh be good, oh be good, oh be good, oh jailer

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Politiquices à la Jota

Ora a política sempre foi uma coisa que me surpreendeu pela sua circularidade. Volta e meia S. Bento vai sendo gerido pela mesma troika tricolor (esta utilização de um termo pertinente à actualidade num diferente contexto é um recurso estilístico fantástico hã???), cada um há vez é certo, mas é como diz o fanfarrão Camarinha actual "Eu cá sou homem de uma só mulher... de cada vez". Pois o nosso governo é um pouco mais promíscuo pois aventura-se em coligações de pares duvidosos que mal se entendem, mas entre marido e mulher não se mete a colher, não é certo?

A expressão "são todos a mesma coisa" (e entenda-se "coisa" como um eufemismo necessário e requisitado pela censura ditada pela boa educação) é antiga, e diz o poeta que nos conhecimentos antigos encontramos a verdade, e mais uma vez aqui se aplica. Um pede ajuda, o outro leva com ela, um diz que é demais, uns dizem que é de menos, outros que deviam dizer que é necessário, dizem que é exagerado, e tudo isto vai sendo comentado por um público jovem, que "à rasca" vai acompanhando a batalha campal pelo seu iPad, ou comentando o solstício governamental no Barzinho da Sé da moda.

Gentes da minha terra, não está fácil, mas em vez de mandar piropos fáceis para parecermos jovens com uma consciência política ultra-reflectida, e ainda assim baseada no vídeo mais cotado no YouTube devíamos mesmo parar e pensar que o que está em causa é um bem comum, e o caso já não é de quem roubou a chupeta... é se ainda há papa.

As Jotas vieram intoxicar as mentes fáceis desta juventude que ainda há pouco largou a PlayStation, e a última coisa que precisamos é de outro "Político Profissional"... porque o político na sua génese representa valores do escalão social em que está inserido, garantindo que todos eles são representados... não é criar mais um escalão social que se torna mandatário no cenário político Português.

De facto, o que está a matar este país é a Classe Social Política. Falta em S. Bento uma Classe Política Social.


sábado, 10 de novembro de 2012

Forma Farmacêutica Oral no Facebook

Meus amigos, os tempos assim obrigam, então a Forma Farmacêutica Oral assume também a forma facebookiana.

o URL é http://www.facebook.com/formafarmoral. Façam lá o likezinho ;)


Bom sábado!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Farmácia de luto

Ora eu nem sou um farmacêutico muito convencional, nem sequer trabalho numa farmácia, mas tenho um verdadeiro amor à profissão, pelo que custa e entristece ver o evoluir das condições da farmácia...

Sim, muitos irão dizer "ah e acabou-se com o lobby farmacêutico, aqueles pulhas!". Pessoas, bem sabeis que a farmácia é o ponto de contacto de muita gente com um profissional de saúde, ainda mais quando os nossos amigalhaços médicos cobram yXz € por consulta. Ora, antes que leve aqui mordidelas por todos os lados: eu sei que um farmacêutico não é um médico, e não está habilitado a diagnosticar. Já tive essa discussão vezes de mais para me estar a chatear agora. Mas a verdade é que para a D. Cremilde que teria de apanhar uma carreira, esperar horas num hospital/centro de saúde para vir com uma receita de paracetamol, convenhamos que uma ida à farmácia chega bem.

Para além disso, é o último contacto do doente com um profissional de saúde, um complementar da consulta médica, o especialista do medicamento atestando a decisão clínica, o profissional de saúde mais acessível por parte da população. Tudo isto para dizer: a farmácia é um constituinte importante do Sistema Nacional de Saúde, e não se pode bater no ceguinho até ele parar de mexer!

Dizem-me: era um negócio de milhões. Ok, concordo, era exagerado. Mas passar do 80 para os -80?? As farmácias estão a falir meus senhores. Sabem quem distribuirá (sim, porque estão ao preço da chuva) medicamentos caso isso aconteça? Pois... peçam ao Paulo Macedo.

Depois há aqueles fanfarrões da ANF. Atenção, eu por acaso sou um pouco contra aquilo que a ANF se tornou. Começou por ser uma associação de proprietários de farmácia (ai naqueles tempos em que isso era reservado a farmacêuticos...) e foram gananciosos para tentar formar uma "empresa" que cobrisse todo o ramo, para que o dinheiro saísse e entrasse de forma circular. Estão-se agora a lixar com um "F" bem grande.

Parem de ser gananciosos e pensem no rumo actual da profissão... as farmácias estão de luto hoje, mas começaram a morrer há muito!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Em Viseu a cultura é acessível

O Teatro Viriato está novamente de parabéns. Os tempos são difíceis e ninguém tem dinheiro, e a pensar nisto o Teatro criou um bilhete especial para desempregados, com o valor de 2,50€.

Note-se que a média de preço para o teatro para os "menos jovens" é de 12,5€, pelo que estamos a falar numa grande descida. Pessoalmente acho a iniciativa louvável.

Temos já aí "A(s) Boda(s)" a estrear já na próxima sexta-feira, cada vez há menos desculpas. Venham lá, continuo a pagar o café.

A ignorância é o maior perigo de uma sociedade. Pratiquem cultura!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Ducado de Viseu

Certa vez, andava eu a mostrar a cidade a um amigo, este pergunta-me "Ò Gabriel, porquê que vocês roubaram a estátua do Infante D. Henrique a Sagres?"

Preparei-me para abrir a boca para explicar que não havia qualquer roubo, mas eis que um colega conterrâneo que me ajudava na tarefa turística diz "deve ser para compensar não termos mar".

Fiz um facepalm e pensei "mas esta gente não tem 1 pingo de interesse na sua terra". Pois bem, o Forma Farmacêutica Oral faz aqui um serviço público viseense e explica a todos a razão de termos estátua de tão nobre personalidade. Como devem imaginar, sendo eu um mero farmacêutico, sou também ignorante nos pormenores históricos que alimentam uma narrativa deste género, pelo que me vou tentar socorrer da Wikipédia (com toda a veracidade que lhe é merecida) para fornecimento de datas.

Viseu, cidade fundada em período ainda anterior à nacionalidade, tem conjuntamente com Coimbra o mais antigo ducado de Portugal. Em 1415 el-rei D. João I oferece o título de Duque de Viseu a Infante D. Henrique, primeiro duque de Viseu (e é por isto que temos uma estátua do Infante, estátua essa que até já esteve no centro da Praça da República, vulgo Rossio). Entretanto, o Infante nomeia seu herdeiro o seu sobrinho Infante D. Fernando, a quem havia sido atribuído o ducado de Beja. Assim, os ducados de Viseu e Beja tornam-se associados.

A partir daqui, sucederam-lhes D. João, D. Diogo, D. Manuel I (Rei de Portugal). Com a ascensão de D. Manuel a Rei, o título de duque é incorporado na coroa, tendo-lhe sucedido como última duquesa de Viseu D. Maria, sua filha.

E então, orgulhosos de viverem num ducado?

Academices na pseudo-academia de Viseu

Ó Osório, então tu com a tua idade deixas-me a Ruth Marlene ir embora?
A sério? Cancelar um evento de 40.000€ a menos de uma semana?

Realmente ainda tenho muito para aprender

Swing!


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Hostel

Quando eu era um jovem petiz, viajar não era para todos, e se conseguíssemos ir acampar para Aveiro com os nossos colegas já eram umas férias 10* que nunca mais nos esqueceríamos.
Mas o mundo encurtou, e as viagens ficaram bem mais baratas. Novamente, quando era um jovem petiz, tinha ideia que um bilhete de avião era coisa para ficar a roçar, no mínimo 20X a minha mesada. Agora, há viagens a 10€.

Mas isto é bom meus amigos, a Europa quer-se mais curta, e efectivamente esta maior facilidade em viajar aproximou mais os povos. Além dos vôos Low Cost, existe ainda a dificuldade do alojamento, e também para isto a indústria turística jovem arranjou soluções: Hostel! Um Hostel é um tipo de acomodação caracterizada pelos baixos preços e pela socialização, ou seja, dois em um: vais viajar, pagas pouco e conheces gente.

A comunidade saltimbanco criou também um outro conceito interessante chamado Couchsurfing, em que basicamente as pessoas oferecem os seus sofás ou camas a pessoas que queiram viajar para esses sítios, mas isso dá conversa para um outro post futuro.

Voltando ao Hostel; viajar é portanto uma actividade bem mais vulgar e desejada que antigamente, efectivamente é mais acessível e as pessoas desejam de facto conhecer o mundo, e como podemos deduzir, a presença de um hostel chamará jovens aventureiros a essa zona, exactamente por ser um sítio de encontro e confraternização.

Agora vejamos a realidade Portuguesa, de Norte a Sul (somente Hostel, não contabilizando Bed & Breakfast’s) [Informação retirada de http://www.hostelworld.com]:

- Ponte da Barca: 1 Hostel;
- Braga: 1 Hostels (é assim que se escreve o plural?);
- Guimarães: 4 Hostels;
- Felgueiras: 1 Hostel;
- Porto: 30 Hostels;
- Espinho: 1 Hostel;
- Praia de Esmoriz: 1 Hostel;
- Aveiro: 2 Hostels;
Viseu: 0 Hostels;
- Coimbra: 6 Hostels;
- Figueira da Foz: 1 Hostel;
- Leiria: 1 Hostel;
- S. Martinho do Porto: 1 Hostel;
- Peniche: 12 Hostels;
- Lourinhã: 4 Hostels;
- Torres Vedras: 1 Hostel;
- Ericeira: 6 Hostels;
- Sintra: 3 Hostels;
- Cascais: 3 Hostels;
- Lisboa: 44 Hostels;
- Caparica: 1 Hostel;
- Setúbal: 1 Hostel;
- Sesimbra: 1 Hostel;
- Évora: 3 Hostels;
- Vila Nova de Milfontes: 4 Hostels,
- Aljezur: 2 Hostels;
- Sagres: 1 Hostel;
- Lagos: 12 Hostels;
- Portimão: 3 Hostels;
- Lagoa: 1 Hostel;
- Albufeira: 1 Hostel;
- Faro: 5 Hostels;
- Tavira: 1 Hostel
- Pico (Açores): 1 Hostel;
- São Jorge (Açores): 1 Hostel;
- Angra do Heroísmo (Açores): 1 Hostel;
- Ponta Delgada (Açores): 1 Hostel;
- Vila do Porto (Açores): 1 Hostel;
- Funchal (Madeira): 1 Hostel.

Consegui fazer passar a minha mensagem? Viseu não tem Hostel. Viseu que fica a 1h30 do aeroporto do Porto, que é um aeroporto bastante movimentado, ainda mais considerando os low cost, não tem Hostel. Ok, temos a Pousada da Juventude do IPJ, mas os turistas não sabem certo? E se de facto houvesse um Hostel, listado na comunidade Hostel, a chamar turistas à cidade?

Adaptar aos novos tempos amigos!

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Tratar de Viseu

O caríssimo Miguel Fernandes acedeu a que eu publicasse um seu texto, originalmente publicado no Jornal do Centro. Pedi para o publicar aqui na forma farmacêutica oral porque revejo-me inteiramente em todos os pontos focados, e na esperança de fazer algumas cabeças iluminar,

Um bem haja Miguel. Aqui vai:

Tratar de Viseu (Jornal do Centro)



1     Tratar da Saúde: Nas últimas semanas, os deputados do PS, eleitos por Viseu, questionaram o ministério da Saúde a propósito da construção de um centro oncológico nos terrenos do Hospital S. Teotónio. Tendo em conta que a criação desta unidade encontra-se projectada desde o último governo liderado por José Sócrates, o actual executivo foi questionado se a construção, da mesma, ainda faz parte dos planos do ministério e qual o tempo de execução previsto. Apoiados no estudo “ Acesso, concorrência e qualidade na prestação de cuidados de saúde de radioterapia externa” da entidade reguladora de saúde, aferimos que, na região centro, 44% da população reside a pelo menos 60 minutos de uma unidade com serviço de radioterapia, sendo que esta situação se agrava nos distritos de Viseu e Guarda. Neste contexto, não descurando a grave crise que o país atravessa, é fácil concluir que o desenvolvimento deste projecto é de extrema importância para a melhoria da qualidade de vida de todos os doentes oncológicos da região. Sendo verdade que diversos governos, nos últimos 30 anos, não fazem outra coisa sem ser “tratar da saúde” do interior, e que entre trocas de executivos esta região perdeu ou viu adiados projectos vitais para o seu desenvolvimento (como o Comboio, a Universidade e a Auto-estrada Viseu-Coimbra), resta a pergunta: Quando deixamos de ser a cidade do quase? Neste jogo entre o deve e o haver, ficamos sempre a sonhar com o que poderia ter sido.

2   Tratar dos Emigrantes: José Cesário, um exemplo do estilo de políticos que nos trouxeram a este ano de 2012, acumula horas de voo, será que cumpre a diplomacia económica de Paulo Portas? Até aqui tudo bem, ou tudo mal - depende do optimismo do leitor - o problema do Secretário de Estado está na acessoria, no GPS, ou pior, nos dois. As latitudes frequentadas pelo Secretário de Estado das Comunidades são boas na óptica do turista (aquele turista barrigudo de bermudas, havaiana, meia branca e camisa garrida), no entanto más na óptica dos empresários nacionais ou pouco representativas da diáspora nacional. A comunidade lusa necessita de um “diplomata” que conheça os problemas das suas gentes, ligue o descomplicómetro, simplifique os processos, que esteja presente, que apoie a expansão da nossa cultura, que perceba que em pleno seculo XXI somos bem mais que folclore, bacalhau cozido, carrascão e pimba, que perceba que o quinto império só será realizado através da língua e cultura nacional. Neste momento excepcional, com uma nova vaga de emigrantes de perfil distinto das anteriores vagas, Portugal necessita de governantes excepcionais que lancem as bases para o nosso futuro que, como sempre, é grande demais para este cantinho. José Cesário, por demérito próprio, está na boca do canhão.

3   Tratar da Indústria: Caro leitor, avanço com 10 nomes (caso o seu sobrenome seja silva p.f. ultrapasse o trauma dos likes): Broose, Labesfal, Inter-recycling, Lusofinsa, PSA, Sonae, Huf, Topakc, Borgstena, Avon Automotiv. Não se preocupe, estes não são os nomes das bandas de roque-enrole que as criaturas, que insistem em tratá-lo por pai, ouvem lançando na sua casa um mar de som insuportável. Estes são nomes de unidades industriais que se instalaram em concelhos limítrofes de Viseu, unidades exportadoras, reconhecidas internacionalmente nas suas áreas de produção, que empregam milhares de pessoas (muitas das quais nossas vizinhas, conhecidos ou amigos), geradoras de milhões de euros em receitas e que colocam o distrito e a região no roteiro da indústria. Viseu beneficiou com a instalação destas unidades, fixámos população, acolhemos alguma da mão-de-obra que passaram a ser Viseenses de coração, podemos reforçar a oferta de serviços. Mas não seria melhor se estas e outras unidades estivessem a ocupar os nossos parques, a pagar aqui os seus impostos, a criar aqui oportunidades de emprego, a transformar Viseu numa cidade industrial e mais atractiva?

in Jornal do Centro  (Miguel Fernandes)

sábado, 29 de setembro de 2012

Manual de Sobrevivência II: Oferta Cultural em Viseu

Ontem tive o prazer de receber uns colegas de faculdade em Viseu, que estavam por cá de passagem. Pelos ossos do ofício não me pude juntar a eles durante o dia, no entanto à noite lá combinámos um ou dois copos. Claro que a exigência imediata deles foi "Então ò Gabriel, tu é que és de cá, por isso recomenda aí um sítio".

Isto levou-me a um dilema, que até já foi falado no viseudebalaclava. Viseu é a melhor cidade para se viver. Muito calmo, tranquilo e bonito. E até existe oferta cultural! Temos é de saber procurá-la. Muito bem.
Assim, o Forma Farmacêutica Oral mostra-vos como serem bem sucedidos nessa debandada pela caça cultural em Viseu.

Respondi aos meus amigos: vamos ao Lugar do Capitão, na Rua do Gonçalinho. Eles meteram as coordenadas no GPS e pumba, lá nos encontrámos, e acho que acertei em cheio. O Lugar do Capitão é sem dúvida um dos pontos fulcrais (no meu parecer) na vida nocturna e cultural da Cidade. Oferece uma panóplia de concertos intimistas, workshops interessantes, tertúlias pertinentes, etc etc. Além disso tem todo um ambiente fantástico: 1/3 underground, 1/3 british/irish pub, 1/3 único.
E eu só consigo pensar "Fantástico" sempre que lá entro. E os meus colegas adoraram o sítio. Realmente é um lugar com uma atmosfera difícil de igualar, bastante distante de bares pró-modernos chamadores de penteados irreverentes e sem o mínimo sentido de acolhimento. Toda a decoração, pessoas, empregados, actividades e agenda lançam-nos para uma aura burlesca e adoro. Além do mais tem uma agenda fantástica, e era mais este ponto que eu queria salientar. É de enobrecer um restaurante/bar ter uma preocupação em oferecer actividades culturais de grande valor, ainda mais naquele cantinho escondido da cidade. Mas a verdade é que é deslumbrante pensar só nas personalidades que por ali já passaram e no empreendedorismo dos responsáveis do sítio em manter aquela chama acesa.

Outro ponto fulcral na vida cultural da cidade passa obviamente pelo Teatro Viriato. Um dos grandes impulsionadores da cidade, tem sempre uma agenda bastante preenchida. Por vezes peca por alguma repetição, mas num ponto de vista geral e considerando o enquadramento do Teatro Viriato na rede nacional de teatros, acho que tem vindo a melhorar bastante, e parece-me (na minha opinião de leigo) que o Paulo Ribeiro tem feito um excelente trabalho. E o teatro esforça-se por se estender à população: basta pensar que a maioria dos espectáculos tem um desconto para "jovens até 30 anos". Se antigamente a maior desculpa para não ir ao teatro era o preço, acho que qualquer pessoa é capaz de dar 5€ para um par de horas diferentes, até porque muitas destas pessoas são capazes de dar 30€ + Deslocação para ir a Lisboa ver o Benfica; mesmo para os menos jovens os preços são, no geral, acessíveis. E o Teatro esforça-se muito pela divulgação, e só quem não quer é que não vê a quantidade de panfletos, cartazes e aqueles livrinhos com a programação do Teatro, distribuídos de forma gratuita.
Sempre me esforcei por tentar levar mais gente ao teatro, porque se as pessoas começarem a fazer parte dele, ele só poderá melhorar! Fica aqui o apelo.

Outro ponto a que eu recorro habitualmente é à FNAC Viseu. Sim, eu sei, critiquei o Palácio de Gelo no último post, mas que se lixem, é lá que está o Palco Fnac, pelo que recorro ao PG ao fim de semana. Mas compensa os atropelos, porque normalmente a Fnac tem uma boa oferta de concertos e tertúlias ao fim de semana, ainda por cima gratuitos e num ambiente convidativo. Sou um declarado apaixonado do conceito Fnac, e fiquei feliz com a abertura de um em Viseu, uma vez que chama alguns artistas e personalidades de bom nome e se calhar de outra forma não passariam por cá.

O Cine Clube de Viseu tem feito um trabalho fantástico na cidade. As saudades do Cinema S.Mateus apertam, e os ambientes artificiais dos cinemas de centro comercial enjoam! E se na realidade estivermos à procura de um cinema mais alternativo e de autor torna-se tarefa complicada por Viseu. Mas felizmente existe o Cine Clube que faz constantes ciclos de Cinema, muitas vezes completamente gratuitos, e com boa escolha. Tal como no Teatro, gostava de ver mais pessoas a aderir para que a sua visibilidade aumentasse. Fica novo apelo.

O último ponto será claro, a Câmara Municipal de Viseu. Mas é um caso controverso! A Câmara até oferece entretenimento de qualidade de tempos a tempos. Até chama bons artistas e eventos cativantes: basta pensar no Viseu Naturalmente deste ano, que chamou Miguel Araújo, Coro da Universidade de Oxford e Comédia à la Carte, ou nos Jardins Efémeros, que na minha impressão foram fantásticos! Sim, eu sei que está a ser muito criticado pelos custos envolvidos mas eu fiquei fascinado como uma medida daquelas reavivou o centro histórico com uma energia tangível até aos mais desatentos. E claro, a Feira de S. Mateus, que é um marco na vida da cidade.
No entanto, a Câmara peca I-M-E-N-S-O em divulgação. A página da CMV é uma vergonha, sem qualquer actividade listada! Para sabermos o que se passa temos de vasculhar os 2 ou 3 cartazes publicitários que espalham pela cidade. E numa altura em que fazer propaganda custa 0€ isto não faz sentido. A CMV que faça uso das novas plataformas, porque sinceramente é actualmente a forma mais eficaz, fácil e económica de chegar a toda a gente. No entanto não faz. Então digam-me se faz sentido por vezes desembolsar uns quantos tostões para fazer um bom concerto, se ninguém fica a saber dele??!?

Soube da existência à uns dias de uma "loja" (confesso que não sei bem a definição) na Rua Doutor Silva Gaio chamada de Empório. Ainda não tive oportunidade de a visitar, mas tenho vontade porque o pouco que li e vi na net e nas redes sociais aguçaram-me bastante o apetite. À primeira vista parece ser um sítio intrigante e interessante. Quando tiver a felicidade ou azar de o fazer relatarei por aqui a minha impressão.

Já agora, hoje há novo circo "Pas Perdus" no teatro. Porque não aproveitam para ir? Até vos pago o café.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Viseu

Viseu é, e sempre será a minha cidade do coração. Tem espaços super agradáveis, pessoas muito simpáticas, e sinceramente começa a dinamizar. Apesar de todas as críticas que vou por aí lendo, acho sinceramente que o actual presidente da Câmara merece imenso crédito e reconhecimento, pois tenho mesmo dificuldades em imaginar a cidade há 10 anos, tendo em conta o que evoluiu.

Quando terminei os meus estudos porém via-me esperançado em ir para outra cidade, mais aberta para o mundo e mais empolgante, típico da idade (embora não tenha passado assim tanto tempo), mas no entanto deparo-me hoje novamente em Viseu. E sinceramente percebo que aqui posso ter grande qualidade de vida, afinal de contas isto é mesmo calmo e seguro etc etc. E sim, vejo a cidade a crescer muito, mas no tempo actual não podemos fazer apenas um crescimento em dimensão, mas sim em mentalidade.

Hoje as distâncias são mais curtas, a Europa é curta e o mundo também. Assim, com este aproximar de culturas, uma cidade para verdadeiramente crescer tem de absorver este conceito, de realmente crescer tanto em tamanho como em cultura, perspectiva e economia, e acho que é aqui a minha cidade peca. É necessário criar indústria e empresas, para que possam chamar gentes, gentes que possam investir cá, animando a economia local e fazer Viseu crescer. Viseu tem de se ligar, e certamente não é com uma IP3 para o sul e com SCUT's para todas as outras direcções que vai fazer. Viseu tem de estar perto do resto do mundo e não isolada, tem de se tornar um novo (e melhor) pólo Português.

Mas a verdade é que ainda hoje o acorrer de multidões são das gentes circundantes da cidade que acorrem ao Palácio de Gelo em passeios públicos contemporâneos em frente às montras.

Se houver oportunidades, pessoas mais convenientes virão para cá. Vão desculpar-me a quem se sentir ofendido, mas o que mais falta em Viseu são pessoas interessantes com ideias e motivações, e os poucos que há fogem a sete pés! Sinto muita falta de conhecer gente interessante neste nosso jardim. Onde é que vocês andam?

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Coimbra

Vivo em Viseu, mas estudei em Coimbra, e como gajo aplicado que sou continuei a estudar depois de terminar o Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, e estou neste momento a frequentar um Mestrado novamente na minha querida Coimbra.

Vim a Coimbra esta semana por fim de submeter a tese, e deparei-me com os caloiros a chegarem e a entupirem as ruelas da cidade. E pha, a vida é chata porque dá-nos o melhor da nossa vida por muito pouco tempo e condena-nos à monotonia por demasiado! Que saudades de ir chingar caloiros, beber uns bons canecos e tocar umas guitarradas mal amanhadas embaladas pelo traçadinho...

Dura Vita, Sed Coimbra!

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

E-mails motivacionais

Abri o meu e mail, e a letras bem gordas vinha:


You're Awesome!


Até gostava de agradecer, mas era um e-mail automático...

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Fotos do Facebook

Em vez de ter fotos minhas "ligeiramente" com os copos no facebook, devia pôr 1 só foto, artística, tirada com Instagram, em que é impossível ver a cara mas deixa adivinhar todo um Brad Pitt.

Se calhar assim arranjava mais miúdas ^^


sábado, 8 de setembro de 2012

Gastronomia de Verão

Um peixinho cai sempre bem no verão... é mais fresco dizem eles.

O problema é que fico com um hálito de m*rda o dia todo, e nem escovar os dentes 2342 vezes com uma escova xpto te livra do arroto a sardinha durante o dia todo.

Só dá vontade de beber o elixir de penalty a ver se resolve, e talvez começasse a cagar mais suave e agradável.

Breeze ambi pour, está aqui uma ideia genial! E se ficarem com ideias de registar isto, este post serve de prova que me lembrei primeiro, por isso aceito desde já 5.000.000 € pela minha contribuição intelectual!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Comentadores de Bancada

Com o passar dos anos, os Jornais tiveram que, inevitavelmente, virar-se para as novas tecnologia.

Embora os jornais 100% electrónicos ainda não estejam bem implementados no consumo português, os sites (perdoem-me, os sítios) destes jornais fornecem já algumas (bastantes) notícias gratuitas, e com uma actualização bastante satisfatória.

Antigamente pagava-se o seu trocado para comprar o jornal. Quem queria realmente ler, comprava o seu jornal. Agora está disponível a toda a gente de forma gratuíta na rede. Problema disto? Qualquer xico esperto tem acesso ao jornal. E como bom xico-esperto português tem a sua opinião para dar. E o jornal tem um espaço para opinião. Que dá isto meus amigos? Está claro, m*rda.

Da minha experiência falo mais propriamente do expresso.pt, que é o jornal on-line que mais constumo consultar. Confesso que algumas opiniões são bastante fundamentadas e interessantes, mesmo que contrárias à minha. No entanto, uns 6 ou 7 cretinos repetentes, de mal com a vida, fazem daquilo um autêntico spam manual voluntário que só estão bem a criticar tudo, desde o fungo da tia Alice ao bigode do Fernando Ruas.

Se a notícia é sobre o governo já só leio os comentários se estiver muito bem disposto, porque obviamente 98,4% deles serão a dissertar em como o Sr. "Dr." Passos Coelhos é um oportunista, o Sr. "Eng." Sócrates um vigarista, os deputados uns f%&#os da p&t@, etc etc etc. Atenção, não é que discorde... mas sempre arroz ao jantar?

E depois há outra coisa. Por vezes os jornalistas fazer uma notícia sobre algo mais trivial, mais banal... pois bem, os nossos amigos "comentadores de bancada" não perdoam também: Os jornalistas do expresso são uns xonés, a notícia não tem valor nenhum, é desprestigiante, etc etc etc. Amigos comentadores de Domingo, VOCÊS SÓ ABRIRAM A M#$D@ DO LINK PORQUE QUISERAM!! Vocês são uns chatinhos do caraças pah!

Ah, e ai dos malditos jornalistas que se enganem numa palavra, porque isto e só iluminados que falam todos os dias em português lírico. Vão-se encher de moscas p.f.... procurem aquele publicozinho à esquina do café onde todos vos acham os maiores intelectuais do bairro.

PS: a fim de evitar confusões, não sou jornalista ou algo que se pareça, sou farmacêutico! Nem tenho familiares jornalistas, ou qualquer interesse no jornal em questão. Só não gosto de "pseudo-intelectuais" mundanos. Efectivamente não gosto de muita coisa no Expresso... mas eu simplesmente não abro o link.

domingo, 2 de setembro de 2012

Portugal de Agosto

Estive fora de Portugal em trabalho durante Agosto, e agora que voltei ao nosso cantinho à beira mar dei conta de uma coisa: Consegui evitar a maior vaga anual de emigrantes.

Nota mental: Para o ano repetir o mesmo.

Agora vou comer uma fartura e chorar de saudades da cerveja alemã.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Nostalgia

Houve um rasgar de tendências desde a geração anterior até à actual. Sou um puto que cresceu nos anos 90, e lembro-me com saudade os bons velhos tempos em que tudo era de difícil acesso, contrariamente a estes putos mimados que têm tudo na palma da mão.

Tu tiveste uma infância incrível se:

1) Passaste horas à frente do rádio, sintonizado na Rádio Cidade, só para conseguir gravar em cassete a música Boom Boom Boom Boom dos Vengaboys (uTorrent que havia na altura);

2) Ficaste lixado para a vida com o teu amigo que te ganhou aquele tazo, pelo qual tiveste de comer 3478 pacotes de batatas fritas até calhar;

3) Desenhaste máscaras dos Power Rangers e ias para a rua evitar catástrofes mundiais;

4) A Saylor Moon era a maior aproximação a porno acessível;

5) A primeira vez que viste porno verdadeiro foi por aquele primo mais velho, que tinha uma cassete escondida debaixo da cama juntamente com o resto dos filmes do Bruce-Lee, e cuja etiqueta era "Fist of Fury" (irónico!);

   5.1) Fizeste-te de machão enquanto tentavas controlar uma erecção instantânea mal a enfermeira começa a tratar o doente.

6) Poupavas durante 1 mês, e quando tivesses o dinheiro suficiente ias à Valentim de Carvalho comprar aquele CD que tanto gostavas! Ah e perdias horas a ver o booklet do CD e a ler as músicas. Ou seja, compravas 3 CD's por ano e já era um ano bom;

7) Não precisavas de telemóvel ou facebook para manter o teu círculo de amigos por perto;

8) Sabes que o Son Goku é marido da Kika e pai do Son Gohan (que casou com a Videl, filha do Hércules) e do Son Goten; que o seu primeiro mestre foi o Tartaruga Genial (taradão impecável), que o ensinou juntamente com o Krillin, que acabou por se casar com a C-18;

9) Tens 1000$ (5€)?? I'm Bill Gates baby;

10) O rebuçado caiu no chão? Sopra e está novo;

11) Tomavas todas as decisões importantes com base numa técnica infalível: "um-dó-li-tá"

12) Jogaste aos matutolas, mas sabias que não eram tão bons como os tazos ;)

13) A primeira vez que recebeste uma consola, o teu primeiro pensamento foi "tenho que chamar a malta para jogarmos todos juntos"

14) Previste todo o teu futuro com um "quantos queres?"

E tantas outras coisas... se se lembrarem de mais comentem!

sábado, 25 de agosto de 2012

Manual de Sobrevivência I

Já tinham saudades? Afinal já não publicava há uns 20 minutos! Mas como estou na Alemanha de momento, era já há 1h20m, pelo que imagino a vossa ânsia do meu saber.

Pois bem, o Forma Farmacêutica Oral dá-vos dicas fundamentais para levar uma vida mais pacata e egoísta:

Porque não devo ligar patavina ao que os outros pensam?

Muito antes de o homem se interrogar sobre o sentido da vida e do seu lugar no grande plano chamado Universo, ele perguntava-se "o que será que aquela garina acha de mim?" ou "tenho de combinar a etiqueta da cueca com a linha do forro do casaco para mandar estilo". Sim, somos todos seres fúteis e ocos, e infelizmente isso traz-nos dissabores, no entanto a maioria na minha opinião é por sermos parvos. Assim aqui ficam algumas dicas para reagirmos com mais personalidade ao que os outros possam pensar de nós:

1) A grande premissa é: PORQUE RAIO ÉS CONVENCIDO/A AO PONTO DE PENSARES QUE TE ESTÃO MESMO A JULGAR? Sim, temos a mania que somos o centro das atenções, e que qualquer acto/peido será notório ao resto das pessoas. Não meus amigos, desde que começou esta moda dos phones que ocupam meia carola + óculos de sol que serve de protector solar para a testa na verdade o ser humano não conseguiria ver nem o Paulo Portas a abanar os documentos dos submarinos no teu nariz.
Na verdade não vemos nem 5% do que nos rodeia, e achares que és cool a ponto de teres os interesses virados para ti é... chamemos-lhe ilusório.

2) Partindo do princípio que estão mesmo a olhar para ti: é uma chatice, porque se estiveres a caminhar na rua até parece que nem sabes andar como gente, pensas "como é que se balançam os braços ao andar?", ou se estiveres a comer, tentas babar-te o menos possível (e sim, vais-te babar ainda mais). Por isso mais vale ires pelo ponto 1.

3) Vês uma miúda gira na rua. Vais-te cruzar com ela e então tentar mandar aquela pinta de James Bond/Martini man, com andar super confiante e determinado. Depois cruzas-te com ela. Depois continuam para sentidos oposto. E então, valeu a pena tanto armanço?

4) Mandas uma peidola na fila da loja do cidadão. Fdx, que fazes agora? Relaxa, provavelmente nem verás essas pessoas tão cedo, e certamente não as quererás ver. E aqui jaz o principal, preocupaste demasiado com pessoas que certamente não se preocupam tanto contigo.

5) Agora mandas uma peidola à frente de amigos, mas não amigos a esse ponto. Fácil: isto foi um teste à intimidade da nossa amizade (atenção, não usar com amigos gay!).

6) Última e mais importante: preocupares-te com o que os outros pensam de ti vai certamente trazer-te mais chatices e ansiedades do que não te preocupares, e o facto é que o resultado de ambas as estratégias vai dar ao mesmo. Assim, tens é de estar na boa contigo mesmo, e se outros não gostarem... que interessa? Se não gostares de ti primeiro mais ninguém gosta, e a única pessoal responsável pelo teu conforto és tu mesmo.

Auf Wiedersehen!

Tecnologia Farmacêutica - Introdução

Boa noite caros leitores,

Sim, um espectacular espasmo mental fez-me pensar que seria uma boa ideia criar um blog em 2012! (pré-histórico).

Sei que poucos serão os desgraçados que terão uma vida miserável a ponto de perder tempo com o meu blog (que eu saiba, sou até o único... aliás sou o único porque este é o primeiro post), e ainda menos serão aqueles a achar que pode ser útil (eu não me incluo nessa lista).

Terá como finalidade lançar algumas baboseiras que eu penso para escrito, para mais tarde mostrar aos meus netos e para que eles possam pensar "porra, o avô já era xoné na altura". Sim, já era com muito orgulho. Vamos então aliviar essas cabeças do stress quotidiano e melindrar-vos com a vida e pensamentos non-sense de Gabriel, o Farmacêutico.

PS: Gabriel não é o meu verdadeiro nome... tenho uma reputação a manter! Na verdade o Gabriel vem da personagem principal do livro que ando a ler.