sexta-feira, 26 de abril de 2013

Em todas as ruas te encontro


Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando -
a delimitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco


Mário Cesariny de Vasconcelos

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Município de Viseu distinguido pela Europe Business Assembly

O nosso presidente, Dr. Fernando Ruas continua a dar cartas. Desta vez o município de Viseu será distinguido com os prémios "Melhor Cidade" e "Melhor Autarca", atribuídos por uma organização não governamental de Oxford (UK), a EBA (Europe Business Assembly).

Segundo o próprio website, a Europe Business Assembly tem como principal papel promover a transformação da experiência e práticas económicas, o estabelecimento de vínculos económicos, educacionais, culturais e científicos e a criação de elites de negócio Nacionais.

De resto, após vasculhar o site da EBA não encontrei qualquer referência a estes prémios para atestar a informação do Semanário Sol.

Já como dizia Pessa, "E esta heim?"

terça-feira, 16 de abril de 2013

Música à moda da Fnac

Já aqui o disse uma vez, a Fnac presta um grande serviço cultura à cidade, através da promoção de exposições, workshops, eventos e concertos, alguns bastante interessantes. Este mês então a coisa promete bastante! A Forma Farmacêutica Oral recomenda o tratamento musical gratuito para aliviar os sintomas financeiros governamentais:

  • Dia 19/04 Sex 17h: Opera Chaotique (EL) (mas a hora não é lá muito boa para uma Sexta-feira...!)
  • Dia 20/04 Sáb 16h: The Fishnails
  • Dia 26/04 Sex 17h : Blue Trash Can (maldita hora outra vez...)
  • Dia 27/04 Sáb 16h: Meu Melro
  • Dia 28/04 Dom 17h: Samuel Úria (temo que o Cafe Fnac vá ser um espaço bem pequeno para acolher o Tondelense. Teatro Viriato, e porque não organizar um gig para o Úria?)

terça-feira, 9 de abril de 2013

Pousada de Viseu : Metamorfose e Reciclagem de uma Memória

Tese de Mestrado interessante, da Exma. Arquitecta Daniela Alexandra Nogueira Santos.

Porque o antigo Hospital de S. Teotónio foi o local de nascimento para muitos de nós, e pela estética fantástica e imponente com local privilegiado na cidade, é importante compreender o seu posicionamento tanto na cidade, como na sociedade local.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Acorda Viseu, este é o teu Académico...

Académico de Viseu Futebol Clube, conhece? Sabia que está a “lutar” pela subida à segunda liga? Costuma ir ao Fontelo apoiar a equipa? Não? Sim? Talvez?…
ACORDA VISEU, olha o “teu” Académico… Olha o teu clube de volta aos momentos épicos e de glória que polvilharam a história do CAF, mais conhecido por Académico de Viseu… Estão de volta as grandes tardes do Fontelo, estão de volta as romarias de apoio ao Académico nas suas deslocações fora. E tu,ó cidade, porque esperas para apoiar o teu clube?

Quem se lembra da rocambolesca visita aos Aliados de Lordelo, no final da década de 70, que acabou com a subida à 1ª divisão do Académico e com uma monumental chuva de garrafas, pedras e outros objectos sobre as “nossas” gentes? Eu, nos meus 3/4 anos estive lá, como estiveram milhares de viseenses a vibrar com o “seu” Académico…

Quem se lembra de uma tarde chuvosa, dia de semana, jogo de liguilha no Fontelo, Académico vs Marítimo, chovia, casa a abarrotar, comércio fechado, festa rija na rua com direito a desfile da equipa…

Seguiu-se a descida até à 3ª Divisão, momentos complicados, mas o Académico, clube mais representativo da região, bandeira de uma cidade, voltou ao convívio dos grandes pela mão o Presidente José Manuel Oliveira e do falecido Carlos Alhinho.

Depois, depois a história é conhecida, momentos menos bons que sim, também eles são património do clube, mas, também, momentos de alegria e glória como os vividos na última época e os que agora se vivem.

Sob a batuta de Filipe Moreira, um punhado de valorosos guerreiros, preparam-se para as 4 finais que se avizinham. E tu? já tiras-te a bandeira do armário?

O Académico é de todos nós, o Académico precisa do apoio de todos nós. São 4 finais, tantas quantos os domingos e Abril. Vem apoiar o teu clube, trás um amigo, o teu filho a avó e a sogra, todos somos poucos, mas seremos seguramente mais…

Vamos voltar a ouvir aquele célebre grito que ecoava das bancadas do Fontelo:

“VAMOS AO GOLOOOOOO ACADÉMICO!!!!!!!!!

Uma palavra final para duas pessoas que muito contribuíram e contribuem para o ressurgimento Académico de Viseu, o seu Presidente Fernando Albino e o “faz-tudo” Monteiro.

From blog Tempo de Vésperas, by Rui Rodrigues dos Santos

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Teatro Viriato a dar cartas

Se o Viseense não vai ao Teatro... o Teatro vai ao Viseense! Mais uma vez o Teatro Viriato tem uma iniciativa de se lhe tirar o chapéu, com dinamização do centro histórico!

No mesmo dia que anuncia a (excelente) programação de Abril - Julho.

Paulo Ribeiro, os meus mais sinceros parabéns.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

O Martim

O que mais me apraz nestas duas últimas décadas é o aparecimento de grandes bandas portuguesas.

Fica a sugestão para mais uma: O Martim



"O Martim" nasce como confessionário-pop de Martim Torres, um jovem (contra)baixista com cartas dadas em paragens como as de B Fachada, Homens da Luta,e diversos projectos de Jazz. Muitos o conhecerão também como uma das metades  da infame dupla "Maria Amélia", presença habitual no programa 5 Para a Meia Noite. Munido com um computador portátil, uma caixa de ritmos, vários instrumentos e voz malandra, gravou sozinho metade dos temas de um "Em Banho Maria" ainda em estado embrionário. Não satisfeito com a primazia da batida programada,  decide gravar a outra metade do disco já com um baterista, sendo escolhido o seu então colega David Pires. Assim definido o repertório de estreia, surgem os primeiros concertos e faltava então quem lhe desse vida em palco. O baterista permanece no seu posto, juntando-se-lhe o exímio António Quintino no baixo eléctrico e, mais tarde, a versátil Íris Sarai nos teclados. É então que lentamente "O Martim" se torna numa proposta cada vez mais colectiva,  num processo de osmose em que "O Martim" é só um, mas na verdade são quatro que se aglutinam e fazem alguma coisa acontecer. Já não um "projecto", mas sim uma concretização, uma realidade.

A realidade que "O Martim" toca e canta situa-se num eixo marginal entre Belém e a discoteca Lux de Santa Apolónia, fazendo escala no Cais Do Sodré durante largas horas. Canta-se a rua, o quarto, a casa de banho, o clube, a casa de banho do clube...Canta-se um lugar mas também um tempo, uma personagem, um Martim que se propõe a ser muitos ao mesmo tempo.

Com pés firmados no que já nos deu a Música Portuguesa (sem esquecer os habituais traços anglófonos da pop e do rock e o aceno cúmplice à ginga brasileira) "O Martim" depara-se agora com o desafio de desbravar território novo nos meandros a que se propõe, não faltando para já um contagiante single, um videoclip engenhoso e acima de tudo, vontade de mostrar o que se sabe e quer dizer.


from http://www.omartim.com