sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Pós-autárquicas e imprensa Viseenses

Como não gosto de me levar nas correntes mainstream e faço um sério esforço de evitar ser considerado cool decido comentar o pós-autárquicas apenas em Dezembro. Porquê? É rejubilante assistir ao início de um mandato, conjutamente com os ataques ferozes dos derrotados.

Almeida Henriques ganhou. Sem surpresas até aqui, não se esperava outro desfecho, até porque provavelmente 60% dos votos foram ao Dr. Ruas (diria mesmo que as pessoas procuravam a setinha alada ao invés do nome), e assim Henriques continua nos caminhos laranjas do Cavaquistão. Não tem de ser necessariamente mau, e até agora tem sido agradável acompanhar o início de mandato.

No início de mandato é quando as promessas estão mais frescas, logo é preciso dar-lhes uma visibilidade maior. Henriques tem sido inteligente em aproximar a população à CMV, muito devido ao uso do facebook (e atenção, acho mesmo uma boa iniciativa). Mas espero que as pessoas não esqueçam que no facebook escreve-se o que se quer mostrar, e desejo muito que não esqueçam também de tentar compreender aquilo que não é mostrado... no fundo o facebook tanto pode manter as pessoas mais informadas, como mais desinformadas.

O Site da CMV também mudou. Para melhor confesso, mas ainda assim um pouco confuso. Nele pode ser consultado o Estratégia Viseu Primeiro 2013/2017. Não deixa de ser curiosa a similaridade com o guião da reforma do Estado Português, mas isso são outras contas. Li o plano de estratégia, muito na diagonal admito, porque como um tipo das ciências gosto de ler assuntos concretos e concisos, e não lagos de palavras, totalmente enraizadas em valores que são adquiridos por base do senso comum em sociedade. No fundo realça a necessidade de atrair investimento e de desenvolver a economia local (clap clap, finalmente alguém percebeu que é preciso indústria e tecido empresarial), uma CMV mais próxima da população (vamos ver se não sob guidelines estreitas), a necessidade de maior contacto nacional e internacional, entre outros. Curioso é também a criação de uns quantos Concelhos, Gabinetes e estaminés: muito bem, organizações em que as pessoas podem dar o seu contributo activo. Espero as guidelines.

Dr. Henriques: Não me posso queixar até agora (talvez os vereadores da oposição com presença no governo possam, mas acredito que o calendário municipal seja bem mais atarefado que o do governo) mas a festa está mesmo no início, pelo que estaremos atentos.
O momento de publicidade vai para a Rua Direita. Não caro leitor, não é o pedaço de Saara Viseense, mas sim o novo portal de informação da cidade. Cabe o editorial a Paulo Neto, e prima pela independência e pertinência de conteúdos. O Jornal do Centro poderá deixar saudades, mas o design atractivo e moderno da Rua Direita certamente colmatará essa falha, bem como os nomes dos colaboradores intervenientes.
Recomenda-se a adição aos Favoritos.