Surge um novo blog na cidade, mas não um blog qualquer. A Quadratura da Sé apresenta-se mais como um conceito do que propriamente um blog, um género de revista, com os mesmos quatro autores (a dita quadratura) a debitar e a aconselhar os seus leitores.
O conceito parece-me de todo interessante, e qualquer discussão (sóbria e racional) que venha ao de cima, ainda mais sobre a nossa bela cidade de Viseu merece destaque e ouvintes, no entanto, honestamente falando e perdoem-me se peco, intrigo ou mostro mesquinhez, parece-me também uma cópia mal amanhada do Eixo do Mal e com demasiado protagonismo para os quatro intervenientes.
A Graça foi a surpresa (e muitíssimo bem vinda) das municipais. Já se podia vir acompanhando através do JdC e destaque-se o intelectualismo e pertinência de discurso que brotam de uma jovem de 25 anos, e penso que por todos é já considerada como uma das "esperanças" Viseenses. O José Pedro Gomes confesso que conheço apenas de vista, que sempre associei às hostes socialistas cá do burgo, o mentor do agora Manuel Mirandez. O Gustavo tive a felicidade de o conhecer nos tempos de Liceu ainda, um verdadeiro "associativista", que confesso que de pouco ouvi falar desde que se mudou para Lisboa. O Rúben, idem idem, apaixonado pelo associativismo, envolvido em toda e qualquer actividade política, foi Presidente da Regional da JSD e ainda tive o prazer de me cruzar com ele umas tantas vezes pela boémia Coimbrã como em alguns episódios Viseenses.
Já aqui descrevi a repulsa que sinto a "politiqueiros", e acredito piamente que um dos motivos para que "isto não vá ao sítio" é justamente as Jotas. O Associativismo em si é de valorizar e engrandecer, enquanto ele consegue manter-se indiferente a essa classe corrupta e suja que é a política portuguesa (e assim prefiro escrever o portuguesa em minúscula, pois espelha). O problema maior é que os jovens começam com os maiores ideais do mundo numa qualquer associação de estudantes, e ganham gosto à actividade (e ainda bem que existem pessoas assim, afinal os sonhos difíceis de alcançar pertencem aos jovens!). Quando chegam à faculdade no entanto a coisa ganha outros contornos. Vejamos, da minha experiência em Coimbra posso afirmar que é impossível terminar o curso sem que sejamos aliciados a ingressar uma qualquer lista, um qualquer departamento ou um qualquer pelouro. No entanto, os jotinhas têm uns tentáculos enormes nesta dança, e começam a poluir a cabeça dos nossos jovens idealistas de uma forma disfarçada mas eficaz. O cacique em Coimbra tem hoje mais tradição do que a capa e batina, infelizmente.
No decorrer deste processo, a que alguns chamam de "carreira associativista", percebem que o panorama já está estruturado de determinada forma, que o caminho a percorrer passará certamente por um partido, e aqui vai começando a forma(ta)ção para os políticos de amanhã.
Voltemos à Quadratura. Reconheço virtudes a todos os intervenientes (talvez exceptuando o Zé Pedro, não pela inexistência delas certamente, mas por não ter tido o privilégio ainda de trocar qualquer palavra com ele) pelo que não tomem isto como uma crítica. Como comecei por dizer, lancem blogues, discussões, tertúlias, revistas ou que for necessário para chamar a consciencialização das pessoas beirãs, mas por favor esforcem-se por se manter externos a essa iliberalidade que é a política portuguesa. Falem e discutam de forma séria e inteligente.
A minha opinião pessoal a aspectos bem mais terrenos: uma festa de lançamento para um blog? Produções fotográficas para um blog? Quase parece o Sexo e a Cidade.
terça-feira, 25 de março de 2014
quinta-feira, 13 de março de 2014
100 dias, 100 eventos
Ora aparentemente a CMV faz uma programação cultural de realçar, com 100 eventos em 100 dias. Realce-se o concerto de Sérgio Godinho a 25 de Abril.
Quanto ao número, sim, é bem redondo, mas não é de números que vive a sagacidade cultural, mas sim de qualidade, pelo que se espera o anúncio da agenda.
A programação para o “7º Festival de Música da Primavera” e para o “Concurso Internacional de Guitarra de Viseu” pode já ser consultada, aqui.
Quanto ao número, sim, é bem redondo, mas não é de números que vive a sagacidade cultural, mas sim de qualidade, pelo que se espera o anúncio da agenda.
A programação para o “7º Festival de Música da Primavera” e para o “Concurso Internacional de Guitarra de Viseu” pode já ser consultada, aqui.
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